Page Nav

HIDE

Publicidade(TOPO)

Publicidade

Idoso de 86 anos é suspeito de matar a mulher dentro de casa

Crime foi descoberto na tarde dessa quinta-feira. Ele disse que a porta do banheiro havia caído sobre ela, mas polícia constatou indícios e homicídio


Foto: Reprodução da internet/Google Street View

Um idoso de 86 anos foi detido suspeito de ter assassinado a própria esposa, de 76 anos, no Bairro Sevilha, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime foi descoberto no início da tarde dessa quinta-feira (17/2).

De acordo com a Polícia Militar (PM), uma testemunha disse que o casal morava sozinho em uma casa e que a vítima tinha problemas de alcoolismo, sofrendo quedas desde o ano passado. Ao longo do tempo, ela foi diagnosticada com algumas doenças e começou um tratamento, mas abandonou no ano passado porque não poderia continuar bebendo.

Já o marido, segundo a mesma testemunha, começou a apresentar quadros de confusão mental em outubro de 2021. Ele não reconhecia pessoas e lugares. Essa pessoa disse aos militares que o casal tinha brigas e discussões, mas não chegavam a agressões físicas.

Ontem, por volta do meio-dia, uma vizinha entrou em contato com a testemunha por mensagem de celular dizendo que o idoso falou para ela que a esposa tinha se acidentado na quarta-feira e que precisava de ajuda.

Ao receber a informação, a testemunha foi até a residência do casal para saber o que estava acontecendo. O suspeito a recebeu no portão e disse que a porta do banheiro tinha caído e acertado a cabeça da mulher.

A testemunha entrou correndo e encontrou a idosa caída na entrada do banheiro, nua e com sangue no rosto. Ao tocar nela, viu que estava fria e com o corpo rígido. Ela perguntou onde estava a porta e o idoso disse que havia levado para outro cômodo. Chamou atenção da testemunha um pedaço de madeira molhado visto no local. A Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram chamados.

O Samu constatou a morte da idosa, mas não levou o corpo por entenderem que era um local de crime. Os policiais também viram sangue em lençóis. A perícia da Polícia Civil foi chamada.

Consta no boletim de ocorrência que, segundo o perito, o ferimento na cabeça da mulher não condizia com a suposta queda da porta, e que uma mancha de sangue indicava que ela havia sido arrastada. Eles também descobriram que havia sangue no colchão, que tinha sido virado para baixo.

A testemunha, então, saiu da casa e chamou os militares para ver o colchão e o pedaço de madeira que ela tinha visto, mas que já não estava no mesmo lugar. A peça foi localizada, posteriormente, debaixo da cama. A equipe da Delegacia de Homicídios da cidade compareceu ao imóvel e o perito disse que havia indícios de assassinato. O idoso foi preso e encaminhado a uma unidade da Polícia Civil.

O que é feminicídio?
Feminicídio é o nome dado ao assassinato de mulheres por causa do gênero. Ou seja, elas são mortas por serem do sexo feminino. O Brasil é um dos países em que mais se matam mulheres, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

A tipificação do crime de feminicídio é recente no Brasil. A Lei do Feminicídio (Lei 13.104) entrou em vigor em 9 de março de 2015.

Entretanto, o feminicídio é o nível mais alto da violência doméstica. É um crime de ódio, o desfecho trágico de um relacionamento abusivo.

O que diz a Lei do Feminicídio?
Art. 121, parágrafo 2º, inciso VI
"Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:
I - violência doméstica e familiar;
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher."

Qual a pena por feminicídio?
Segundo a 13.104, de 2015, "a pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; na presença de descendente ou de ascendente da vítima."

Como denunciar violência contra mulheres?
  • Ligue 180 para ajudar vítimas de abusos.
  • Em casos de emergência, ligue 190

Nenhum comentário

Campanha