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Com chutes e gritos, homem tenta invadir unidade socioeducativa do DF

O suspeito foi identificado como Maicon Antonio de Jesus e acabou preso em flagrante. Na delegacia, ele foi liberado


Foto: Reprodução

Um homem acabou preso ao tentar invadir a Unidade de Internação do Recanto das Emas (Unire) na madrugada desta segunda-feira (17/10). Por volta de 1h40, um agente socioeducativo notou um movimento estranho na área externa do Módulo 4, quando escutou uma pancada forte e gritos. O suspeito foi identificado como Maicon Antonio de Jesus.

A unidade é responsável por abrigar, além de adolescentes, adultos de 18 a 21 anos de alta periculosidade e que cumprem medida socioeducativa por atos infracionais graves cometidos quando menores de idade. O Correio apurou que, enquanto tentava arrombar o portão, Maicon gritava para que abrissem, correu e deu um segundo chute na porta.

O agente pediu o reforço das equipes e, quando abriram o portão, viram uma poça de sangue no chão e várias marcas nas paredes. A Polícia Militar do DF foi acionada e, em buscas pelo suspeito, encontraram o homem dentro da unidade escondido em um matagal. Maicon chegou a ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em decorrência dos ferimentos. Em seguida, foi levado à 27ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) e liberado.

Segundo Pablo Aguiar, delegado da 27ª DP, o homem sofre de distúrbios mentais. "Ele pensava estar sendo perseguido e queria se proteger dentro da unidade socioeducativa”, esclareceu. Após ser ouvido, ele foi liberado aos cuidados da família.

Em maio deste ano, o SINDSSE-DF representou ao Ministério Público do Distrito Federal , em relação à segurança dos arredores das Unidades de internação, após uma interna da Unidade de Internação do Gama admitir ter realizado uma "campana" nos arredores da unidade, com o intuito de atentar contra a vida de uma Agente Socioeducativa.

Insegurança
André Henrique Santos, presidente do Servidores da Carreira Socioeducativa do Distrito Federal (Sindsse-DF), ressalta que o posto policial da Unire foi desativado em 2019, momento em que o sindicato chegou a ajuizar ação civil pública contra o DF para a reativação dos postos policiais das unidades de internação.

“Desde a decisão judicial, as ocorrências nos arredores das unidades demonstram claramente a necessidade de readequação do atual modelo adotado. Entendemos que somente a vigilância armada, ostensiva, e ininterrupta, realizada por servidores do Estado, é suficiente para trazer segurança para as Unidades de Internação do Distrito Federal. Infelizmente a falta de segurança nas unidades de internação é uma tragédia anunciada, facilitando a possibilidade de resgate de internos, ou "acerto de contas" contra internos que cumprem medidas socioeducativas que estão com suas vidas sob a responsabilidade do Estado”, ressaltou.

O Sindsse esclareceu que demandará, mais uma vez, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) em busca de solucionar o problema da insegurança.



Com informações do Correio Braziliense

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