Governadora do RN, Fátima Bezerra pediu apoio da Força Nacional após ataques a prédios públicos e transportes na capital e no interior
Reprodução/Redes Sociais |
“Autorizei o envio da Força Nacional para colaborar com a ação das forças estaduais de segurança. Outras ações estão sendo providenciadas e posteriormente serão anunciadas”, anunciou Dino no Twitter. O ministro atendeu a solicitação da governadora Fátima Bezerra (PT).
Os ataques ocorreram em, pelo menos, 15 cidades do Rio Grande do Norte. Veículos foram incendiados e duas bases da Polícia Militar (PM), em Natal, acabaram alvejadas por disparos de armas de fogo. Além disso, os criminosos dispararam contra fóruns e prefeituras.
Até o momento, contabiliza-se uma morte e nove pessoas presas, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte. Além disso, a polícia apreendeu explosivos caseiros (coquetéis molotov), galões de gasolina e uma arma de fogo. Na capital, as aulas foram canceladas, e a frota de ônibus de transporte público, recolhida. Além de Natal, o governo suspendeu aulas em Mossoró.
Fátima Bezerra condenou as ações criminosas praticadas no estado. “Eu quero declarar todo nosso repúdio aos inaceitáveis episódios de violência ocorridos hoje no nosso estado e declarar que todo trabalho está sendo feito para que os criminosos sejam presos, julgados e punidos com todo o rigor da lei”, declarou a governadora, em vídeo publicado nas redes sociais. Ela esteve com Flávio Dino em Brasília.
O Sindicato do Crime no RN
Trata-se de uma organização criminosa formada por dissidentes do Primeiro Comando da Capital (PCC). O Sindicato do Crime foi criado em março de 2013 e se alinhou ao Comando Vermelho, que está em guerra com a facção paulista.
O Sindicato do Crime ficou conhecido com a onda de atentados realizados em agosto de 2016 no Rio Grande do Norte. Na ocasião, também foram realizados ataques contra delegacias e demais prédios públicos, além de destruição de carros e ônibus tanto na capital quanto no interior.
Os ataques começaram após o governo instalar bloqueadores de celular na Penitenciária de Parnamirim, região metropolitana de Natal. Isso comprometeu a comunicação dos detentos e prejudicou os negócios da facção, apontada como responsável pelo crime organizado dentro das prisões do estado.
Em janeiro, um homem apontado como líder do Sindicato do Crime acabou preso em Pernambuco. A prisão foi realizada numa ação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Força-Tarefa de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (FT/Susp/RN), com apoio do Serviço de Inteligência do NIAZM-2/3ªCIPM e de policiais militares da Operação Malhas da Lei.
O mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara Regional de Execução Penal, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN).
Com informações do Metrópoles - Augusto Tenório
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