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PCDF faz operação contra “verdurão” suspeito de movimentar R$ 17,7 mi

Os beneficiários do esquema são integrantes de uma mesma família de empresários que possuem atividades em diversos ramos da economia formal



A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por intermédio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Dot/Decor), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (1º/3), a Operação Vegetalis. A investigação, iniciada em 2017, apura possível lavagem de dinheiro por parte dos representantes de uma empresa do setor de alimentos do tipo “verdurão”, que no período de quatro anos movimentaram R$ 17,7 milhões.

São cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens no Distrito Federal, em Minas Gerais e em Goiás, abrangendo as empresas envolvidas, escritórios de contabilidade e as residências dos investigados.

De acordo com as investigações, os beneficiários do esquema são integrantes de uma mesma família de empresários que possuem atividades em diversos ramos da economia formal, entre elas no setor de alimentos, assessoria imobiliária, importação e exportação de produtos nutricionais e clínica de emagrecimento.

Segundo apurado, há indicativo de incompatibilidade entre o padrão de vida declarado por alguns dos investigados e os montantes movimentados na conta corrente vinculada à empresa central da investigação, que não tinha sede própria para a comercialização de produtos, bem como se mostraram fortes os indícios do envolvimento de integrantes da família de empresários com as movimentações financeiras ocorridas no “verdurão”, que indicam possíveis ocorrência de sonegação fiscal e de comercialização irregular de vales-alimentação por intermédio dessa empresa de fachada.

Os investigadores ressaltaram que as buscas têm como objetivo a consolidação dos elementos probatórios já coligidos para conclusão do inquérito em andamento. Os policiais buscam sedimentar a efetiva participação de cada integrante do grupo criminoso, identificar outros envolvidos, além de realizar a apreensão de bens e valores para ressarcimento futuros.

Os suspeitos são investigados pela possível prática de crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de bens, direitos e valores; e, caso condenados, podem pegar até 23 anos de prisão.

Participaram da ação cerca de 70 da Polícia Civil do Distrito Federal, contando com apoio de policiais civis de Minas Gerais da cidade de Fronteira (MG).


Com informações do Metrópoles - Mirelle Pinheiro, Carlos Carone

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