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Suspeito de planejar matar Moro cumpriu pena com Marcola em Brasília

Patric Velinton Salomão, conhecido como Forjado, deixou penitenciária federal pela porta da frente, em fevereiro de 2022, após cumprir pena


Reprodução
Uma das principais peças do plano de assassinato do senador Sergio Moro (União-PR) e do promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), cumpriu pena na Penitenciária Federal de Brasília com o líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Trata-se de Patric Velinton Salomão (foto em destaque), 42 anos, também conhecido como Forjado. O criminoso foi um dos alvos da Operação Sequaz, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nessa quarta-feira (22/3), mas não foi encontrado e é considerado foragido. Nove pessoas foram presas.

Forjado faz parte da cúpula do PCC, segundo MPSP, e integra a “sintonia final” da facção, subordinado apenas aos líderes máximos. Ele deixou a penitenciária federal pela porta da frente, em fevereiro de 2022, após cumprir pena. Sentenciado por tráfico, associação de drogas, porte ilegal de arma, formação de quadrilha, roubo e homicídio, o criminoso conseguiu reduzir a pena, de 15 anos, após ler livros e fazer cursos no presídio. Marcola, no entanto, segue detido na capital do país.

Neste ano, Forjado foi absolvido pela Justiça das acusações de associação à organização criminosa e de lavagem de dinheiro. Ele e outros 19 réus foram denunciados pelo MPSP, segundo o processo, por integrar o PCC e fraudar a movimentação de R$ 1 bilhão, entre 2018 e 2019.

Homicídios

Os criminosos ligados ao PCC, como o Metrópoles revelou, planejavam sequestrar e matar o senador Sergio Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).

Durante as buscas, policiais federais encontraram, nessa quarta-feira (22/3), um esconderijo atrás de uma parede falsa, em um dos endereços alvos da operação, em São Paulo.

Os mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos em cinco unidades da Federação: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Roraima e São Paulo. Os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, de acordo com as diligências da PF, e os principais investigados estão nos estados de São Paulo e do Paraná.

Investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo MPSP apontam que integrantes do PCC haviam dado início à execução do plano para sequestrar e matar o ex-juiz e senador Sergio Moro, além do promotor Lincoln Gakiya.

Os criminosos alugaram imóveis na rua do senador e chegaram a seguir a família do ex-juiz desde, ao menos, janeiro deste ano. Devido ao risco de atentado, Sergio Moro e a família estavam com escolta da Polícia Militar do Paraná (PMPR).

O PCC é facção comandada por Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Em 2018, o promotor Lincoln Gakiya pediu a transferência de Marcola de São Paulo para um presídio federal. No início do ano seguinte, o chefe da facção foi trazido para a Penitenciária Federal de Brasília.

No chamado Pacote Anticrime, Moro propôs, entre outras medidas, a proibição da visita íntima e o monitoramento dos contatos dos presos, inclusive com advogados, em presídios federais.

Segundo as investigações, o sequestro e o assassinato de Moro e de outras autoridades seriam executados para obter dinheiro e conseguir o resgate de Marcola, que, no início deste ano, foi transferido do Presídio Federal de Porto Velho (RO) para o de Brasília.


Com informações do Metrópoles - Na Mira 

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