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Militar do GSI que deu água a vândalos disse que objetivo era "acalmá-los"

Major José Eduardo Natale de Paula Pereira prestou depoimento à Polícia Federal pela segunda vez sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro


 Ed Alves/CB
O major do Exército José Eduardo Natale de Paula Pereira, que apareceu nas gravações do circuito interno do Palácio do Planalto no dia dos atos golpistas de 8 de janeiro dando água aos criminosos que depredaram o prédio, disse à Polícia Federal que foi "hostilizado" pelos invasores e deu o líquido a alguns deles "com o intuito de acalmá-los".

Essa é a segunda vez que o militar depõe à PF sobre o caso. Na primeira, em janeiro, ele esteve como testemunha da invasão. No entanto, após aparecer nas imagens interagindo com os vândalos, ele foi chamado para a oitiva novamente. À PF, ele disse que estava sozinho e temia ser linchado pelos extremistas e, por isso, ofereceu água a eles.

O major alegou aos investigadores que a prioridade naquele momento era "proteger o gabinete presidencial". No depoimento, o militar ainda relatou que teria "retirado o paletó, a gravata e a pistola, para infiltrar-se no Palácio tomado pelos manifestantes".

"Que os manifestantes questionaram de forma exaltada que local era aquele, ocasião na qual respondeu que se tratava de uma copa; que então os manifestantes exigiram que lhes dessem água; que o declarante entregou algumas garrafas de água com o intuito de acalmá-los e que não danificassem a copa e ainda solicitou que saíssem do local", diz trecho do depoimento.

Quem é o major
José Eduardo era o coordenador de Segurança das Instalações Presidenciais de Serviço do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no dia dos ataques. Ele também já integrou a equipe de viagens do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu vice-presidente Hamilton Mourão.

O militar é formado na Academia Militar de Agulhas Negras e foi nomeado a um posto no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em 2020 durante a gestão do ex-ministro general Augusto Heleno e afastado do cargo dias após os atos terroristas pela administração de Gonçalves Dias — exonerado por também aparecer em gravações interagindo com os bolsonaristas.


Com informações do Correio Braziliense - Luana Patriolino

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