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Projeto utiliza inteligência artificial para monitorar incêndios no DF

A perspectiva é que o monitoramento, futuramente, seja ampliado com drones conectados à tecnologia 5G


Divulgação/UnB/CIC
Uma parceria que se iniciou há mais de um ano entre a Universidade de Brasília (UnB) e a Associação Giga Candanga resultou no projeto Sem Fogo-DF, que usa a inteligência artificial para monitorar incêndios. A iniciativa conta com recursos de R$ 700 mil fomentados pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). O projeto se estenderá até novembro deste ano. A perspectiva é que o monitoramento, futuramente, seja ampliado com drones conectados à tecnologia 5G.

O projeto visa, principalmente, ao desenvolvimento de uma nova solução de reconhecimento de imagens aéreas para a detecção precoce de fogo ativo ou incidentes de fumaça no Cerrado, principalmente, nesta época de seca no DF. A iniciativa permite uma ação antecipada das equipes de combate ao fogo, evitando que os focos evoluam para incêndios de grandes proporções.

Câmeras

Quatro câmeras ligadas a uma rede de fibra ótica foram instaladas no terraço da Torre Digital, com ampla visão do Distrito Federal. Usando inteligência artificial, elas captam as imagens e levam em tempo real ao Departamento de Ciência da Computação (CIC) da UnB. A equipe trabalhou desde o início no projeto, em novembro de 2021, para elaborar técnicas avançadas de inteligência artificial nas imagens.

“Com a pesquisa, esperamos levantar dados estatísticos e quantitativos sobre uma região típica que é o Cerrado”, destaca a professora e pesquisadora da UnB/CIC Priscila Solís.

Para que o sistema operacional pudesse captar com eficiência a região do Cerrado, foi necessária a atuação de pesquisadores de outras áreas, como redes de computadores, inteligência artificial e visão computacional.

“Bancos de imagens de outros lugares, como Estados Unidos, por exemplo, não descrevem corretamente as características de incêndios no Cerrado e não são eficientes para que um sistema de inteligência artificial possa identificar com precisão esses sinistros no Cerrado. É necessário um trabalho especifico na região para produzir novas imagens e habilitar o sistema para distinguir nesse novo ambiente o fogo em tempo real”, reforça a professora. “Hoje, o sistema leva um segundo e meio desde a entrada da imagem no sistema até a identificação do fogo”, explica.

Para Priscila, o fomento feito pela FAPDF foi fundamental por facilitar a execução do projeto: “Foram comprados equipamentos de interconexão de rede e câmeras reservas, por exemplo. Cada uma custou cerca de R$ 8 mil”.

Além do recurso, a FAPDF deu suporte operacional, sanando dúvidas burocráticas e financeiras. “Importante ressaltar que todo o projeto Sem Fogo-DF teve a participação de alunos e ex-alunos da UnB, além do apoio de professores e pesquisadores da Giga Candanga”, ressalta a pesquisadora.


Com informações do Jornal de Brasília/Agência Brasília

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