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PMs se queixam de serem obrigados a avisar que “vão cagar” em quartel. Ouça

Uma série de áudios enviados à coluna pelo militares questiona a determinação e aponta para um caso grave de assédio moral na corporação


Reprodução
Constrangidos, policiais militares do Distrito Federal (PMDF) usam a criatividade e buscam alternativas para usar o banheiro sempre que estão a serviço no 26º Batalhão (BPM), em Santa Maria. Os servidores lotados na unidade se queixam da obrigação em avisar ao comando da unidade quando precisam usar as dependências do quartel, principalmente quando a natureza chama.

Uma série de áudios enviados à coluna pelo militares questiona a determinação e aponta para um caso grave de assédio moral. “Muitos estão extremamente insatisfeitos e desestimulados com o atual comando, que vem de forma sistemática, adota medidas que afrontam inclusive a dignidade dos militares”, diz um dos policiais ouvidos pela reportagem.

Os militares afirmaram que, muitas vezes, por terem de ficar até 12 horas dentro das viaturas e com apenas uma hora de almoço, nem sempre é viável achar um banheiro na rua. “As necessidades básicas do policial devem ser feitas onde senão na própria unidade? Como passar 12h usando banheiro na rua? Não ter essa liberdade no quartel é como se você não fosse bem vindo na sua própria casa”, questionou outro militar.

Ouça reclamação dos policiais proibidos de usarem os banheiros no quartel:

Vigilante de farda

Outro ponto que está causando desconforto para a tropa diz respeito à decisão do comando em desligar o portão automático e obrigar que os policiais abram e fechem o portão manualmente.

“As ordens são desde a proibição de se deslocar para as dependências do quartel, até o absurdo de os policiais que cuidam da guarda terem que ficar em pé do lado de fora, abrindo e fechando um portão que é eletrônico”, reclamou outro policial.

Veja imagens dos policiais abrindo o portão manualmente:

O outro lado

A coluna acionou o comando da Polícia Militar para falar sobre as reclamações feitas pelos policiais do 26º BPM. Em nota, o Centro de Comunicação Social (CCS) da corporação informou que, recentemente, ocorreu um incidente em que uma pessoa embriagada invadiu o quartel. “A situação teve que ser controlada devido ao portão estar aberto, em desacordo com as normas básicas de segurança de uma unidade policial militar”.

No que se refere ao portão de entrada, segundo a PMDF, algumas unidades contam com controle remoto, mas no caso do 26º BPM, os próprios integrantes da guarda mencionaram que o motor não suporta a carga, o que ocasionalmente leva ao modo manual. “É importante notar que a guarda fica próxima ao portão, o que minimiza a exposição do policial às condições climáticas”, diz o comando da corporação.

“Quanto à entrada das viaturas de serviço na unidade, foi estabelecido um procedimento para que a equipe informe ao adjunto sempre que uma viatura ingressar, visando garantir o patrulhamento. Essa medida foi adotada após a observação de permanências prolongadas na unidade e tem o objetivo de dinamizar o policiamento e o serviço prestado à comunidade”, aponta a nota.

A PMDF ainda ressaltou que, na última semana, devido ao clima seco da capital, a comandante instruiu os policiais do serviço diurno a entrarem no quartel para beber água e utilizar o banheiro, com o objetivo de cuidar da saúde diante do calor e da baixa umidade.

“O comando da unidade tem enfatizado a capacitação, com um número expressivo de policiais autorizados a frequentar cursos operacionais. Além disso, empenhou-se em resolver questões relacionadas à saúde física e mental de policiais militares, inclusive de seus familiares”, finalizou a nota.


Com informações do Metrópoles - Na Mira

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