Caso aconteceu no Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia. No áudio é possível ouvir a professora comentando sobre ameaças a alunos da escola
Matheus Veloso/Metrópoles |
Alunos do Centro de Ensino Médio 02 (CEM 02) de Ceilândia denunciaram as atitudes de uma professora contra estudantes da unidade de ensino pública, dentro de sala de aula. Em um áudio gravado pelos adolescentes, é possível ouvir a docente comentando sobre ameaças a alunos da escola.
“Não faça isso. Sua vida não vale nada. Aqui dentro eu não te pego porque você é menor de idade, mas lá fora, você vai ver. Eu mando ‘nego’ da quebrada te encher de porrada. Por que você está achando que porque você sabe lutar, você não vai apanhar? Eu quero ver quando alguém enfiar uma arma na tua cabeça, o que você vai falar”, diz a educadora no áudio.
A mulher continua os insultos, com comentários violentos e racistas. No áudio é possível ouvir ela contando para uma turma de alunos o que teria dito a outro estudante, de outra classe.
“Eu falei ‘não me ameaça. Você não me conhece’. Também tem outro que eu já peguei pesado. Disse ‘tu é preto, pobre e feio. Então se você quer ser burro, é uma decisão sua’. Não vem na minha aula. Eu não quero olhar pra tua cara. Ter o desprazer. Você acaba com o meu dia. Você não faz nada, você só fica zanzando na aula'”, continuou.
Ouça:
Professora afastada
A gravação teria sido feita no início do mês durante uma aula da educadora em outra turma do colégio. A professora comentou sobre dois alunos que não estavam em sala. Os alunos envolvidos são menores de idade.
Questionada pelo Metrópoles, a Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que recebeu a denúncia por meio da Ouvidoria e que a Corregedoria da SEEDF já autuou processo para proceder a investigação quanto a possível conduta irregular praticada por servidor no âmbito da secretaria.
“A pasta informa, ainda, que todas as medidas cabíveis já estão sendo adotadas em consonância com a Lei Complementar nº 840/2011. Ressalta-se que, por meio da Coordenação Regional de Ensino de Ceilândia, a referida professora já foi devolvida e um novo professor substituto será designado para a vaga”, ressalta trecho da nota.
A SEEDF reforçou que repudia qualquer ato de violência e preconceito dentro e fora das escolas e prestará todo auxílio necessário ao estudante.
Com informações do Metrópoles - Nathália Cardim
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