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Mistério: buscas por corpo de jovem vista com padrasto duram 6 anos

Suspeita é que a universitária Thayná Ferreira Alves, 21 anos, tenha sido morta, e seu corpo, desovado em uma área de mata


Reprodução
A estudante universitária Thayná Ferreira Alves (foto em destaque), 21 anos, estava na melhor fase da vida quando desapareceu, na tarde de 16 de fevereiro de 2017, em Valparaíso, no Entorno do DF. Mais de seis anos depois, o paradeiro da jovem segue sendo um mistério: a suspeita é que ela tenha sido morta, e seu corpo, desovado em uma área de mata.

Indiciado pela Polícia Civil goiana, denunciado pelo Ministério Público e pronunciado pela Justiça, o principal suspeito do crime é Valdezar Cordeiro de Matos, 72 anos, fazendeiro e ex-padrasto da vítima.

De acordo com as investigações, inconsistências no depoimento dele, cruzamento dos dados telefônicos e de localização do celular e a confirmação de haver sinais de sangue em um facão levaram a polícia a pedir a prisão temporária do homem.

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Valdezar foi flagrado por câmeras de segurança entrando três vezes no apartamento da família algumas horas depois de sair na companhia de Thayná.

Na primeira imagem, ele aparece com uma mala grande. Depois, com a bolsa de Thayná embrulhada em uma sacola plástica e, por fim, com um facão em uma bainha.

Uma das hipóteses das investigações é que o facão tenha sido usado para matar a jovem e esquartejar o corpo dela, e a mala, para a ocultação do cadáver.

A mala, os pertences e o celular de Thayna – um iPhone 7, o mais moderno na época – nunca foram encontrados.

Em seu depoimento à polícia, após o desaparecimento da estudante, o ex-padrasto afirmou ter deixado Thayná em um ponto de ônibus, mas a jovem não costumava usar transporte coletivo: ela tinha carro próprio e, de acordo com familiares, usava o veículo “até para ir à padaria”.

Uma perícia realizada pela Polícia Civil goiana na Toyota Hilux SW4 do fazendeiro apontou indícios de sangue humano no porta-malas do veículo. Um novo exame realizado nos mesmos objetos deu resultado inconclusivo, motivo pelo qual ele foi solto decorrido o prazo da prisão temporária autorizada pela Justiça.

O Tribunal de Justiça goiano considerou não haver elementos suficientes para converter a prisão temporária em preventiva (quando geralmente o réu fica detido até julgamento).

Quebra de sigilo


Após a quebra de sigilo telefônico dos números de celulares de Valdezar, uma antena da empresa TIM indicou que ele esteve em um matagal em Valparaíso no dia 16 de fevereiro de 2017.

O local é ermo e coberto por uma vegetação densa, com árvores de copas altas e por onde passa um córrego. O caminho só é possível ser acessado com caminhonetes e utilitários.

A trilha do matagal não leva a lugar algum. Não há casas nem fazendas por perto. Poucos metros após a ponte sobre o córrego, o caminho é fechado abruptamente pela vegetação.

A região é conhecida pela polícia, pois criminosos costumam ocultar cadáveres lá. “A cada dia que passa, corro, luto, sigo em busca de saber onde esse monstro levou minha filha”, desabafou a mãe da jovem, Regina Jussara Ferreira Lacerda. “Essa foi sua última saída de casa. Até hoje eu não encontrei o corpo da minha Thayná.”

O advogado que atua como auxiliar de acusação no caso, José Carlos de Carvalho, afirmou que a defesa do fazendeiro está impetrando uma série de recursos para protelar a realização do júri popular.

Após apelações em sequência, o processo chegou recentemente ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). “A defesa teve todos os recursos negados, mas chegou ao final e não há mais como recorrer. Após a decisão dos ministros, o júri será realizado”, disse o advogado.

A reportagem não localizou a defesa de Valdezar. O espaço segue aberto.

Com informações do Metrópoleas - Carlos Carone, Mirelle Pinheiro

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