Vítimas têm 95 e 97 anos e passaram a pagar preços exorbitantes por serviços dos trabalhadores. Ninguém foi preso.
TV Globo/Reprodução |
Um grupo de funcionários que prestava serviços para um casal de idosos é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal por extorquir quase R$ 2 milhões das vítimas. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos trabalhavam há anos para as vítimas e passaram a cobrar preços elevados pelos serviços que prestavam.
De acordo com a Polícia Civil, os quatro funcionários – três mulheres e um homem – conquistaram a confiança dos patrões, moradores da Asa Sul, bairro nobre de Brasília. A investigação identificou que, por exemplo, as empregadas chegaram a cobrar R$ 5 mil por uma diária de limpeza.
Além disso, o motorista cobrou R$ 70 mil por uma viagem dentro de Brasília, em apenas um dia. As vítimas têm 95 e 97 anos, são servidores públicos aposentados e não têm filhos. Eles eram cuidados por uma sobrinha da idosa, que desconfiou do crime e acionou a polícia.
"Essa exploração impedia que os idosos vivessem na condição de vida adequada. Eles estavam com pouca comida, pouca qualidade de vida e não iam aos médicos. Estavam sofrendo negligência", diz a delegada à frente do caso, Cyntia Carvalho.
O caso é investigado pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin).
Mandados
Os investigadores cumpriram, nesta quinta-feira (23), quatro mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos, que são da mesma família. Segundo os policiais, o padrão de vida deles não condiz com a renda que eles recebem, de R$ 2,7 mil por mês.
Os suspeitos, segundo a corporação, tinham três carros avaliados em mais de R$ 100 mil, móveis novos e uma TV de 85 polegadas. Seis celulares foram apreendidos, mas ninguém foi preso.
Por causa da suspeita dos crimes, a Justiça emitiu uma medida protetiva para que os funcionários não se aproximem do casal de idosos. Todo material apreendido e as constas bancárias dos suspeitos serão analisadas.
Com informações do g1
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