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Morre jovem que teve 70% do corpo queimado em incêndio no Noroeste

Felipe Bento Nunes Gonçalves, 28 anos, estava internado em estado gravíssimo no Hran desde o dia do acidente, em 6/12


Reprodução
O homem que teve 70% do corpo queimado após um incêndio em um apartamento na Quadra 510 do Noroeste morreu na noite dessa quinta-feira (14/12). Felipe Bento Nunes Gonçalves (foto em destaque), 28 anos, estava internado em estado gravíssimo no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) desde o dia do acidente, em 6/12. A explosão que resultou em fogo no imóvel teria sido provocada por um vazamento de gás .

Devido à gravidade da situação, o primeiro andar ficou destruído, e parte da fachada do prédio, danificada. Moradores do condomínio relataram que Felipe vivia uma vida discreta, trabalhava em home office e morava sozinho no apartamento, que era alugado.

Momentos antes de a tragédia acontecer, testemunhas reclamaram de um “forte cheiro de gás”. Apesar da tentativa de funcionários de desligar o sistema de abastecimento para impedir uma explosão, o esforço não surtiu efeito.

Síndica do prédio, Isaura Andrade Silva, 43, disse, à época, que Felipe estava desacordado quando o incêndio começou. Ele foi resgatado graças a uma das zeladoras que trabalha no condomínio. “Não sabemos se tinha tomado remédio para dormir ou se o gás, que estava forte, fez com que desmaiasse”, comentou.

O incêndio


O incêndio provocou uma “onda de choque” e destruiu um andar inteiro do condomínio. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) informou que as equipes fizeram buscas, e que, posteriormente, acionaria a Defesa Civil para realizar uma avaliação mais criteriosa das condições do local.

Após a análise, técnicos decidirão se a estrutura ficará liberada para receber moradores e funcionários das áreas comerciais de volta ou se será interditada.

A suspeita é que tenha havido um vazamento de gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, devido a informações passadas por testemunhas aos bombeiros, bem como aos efeitos da explosão.

“A onda de choque é muito forte. Em um lado do prédio, as janelas foram arremessadas, inclusive, uma delas colidiu com um veículo estacionado na rua. Depois disso, tivemos de abrir algumas portas e janelas, para fazer ventilação e deixar o gás sair”, detalhou o major do CBMDF Igor Paz.

O prédio, porém, tinha uma “reserva técnica de incêndio” bem estruturada, segundo o militar. “A equipe de zeladores deu o suporte necessário. As informações nesse ponto são importantes, porque, a partir do momento em que se aciona o Corpo de Bombeiros, é interessante que alguém da própria edificação tenha informações sobre onde se desliga luz, água, energia”, orientou.

“Cheiro forte de gás”


Moradora do prédio, a servidora pública Karla Daniele Leôncio Moraes, 39, contou que trabalhava em home office quando percebeu haver algo errado. “Interfonei para o porteiro, e ele disse que outras pessoas também reclamaram [do cheiro de gás]; por isso, desligaram o sistema e acionaram a empresa que cuida desse serviço no prédio”, afirmou.

Depois da explosão — que afetou outros imóveis —, um incêndio começou no apartamento de Felipe, e a fumaça se alastrou para outras partes do prédio. Nesse momento, uma das zeladoras que trabalha no edifício entrou no imóvel dele e o encontrou desacordado.

Ela ainda resgatou outra pessoa que precisou de ajuda para deixar o prédio e, depois, gritou para todos os moradores e trabalhadores de lojas no edifício deixarem o local.

As chamas foram controladas por volta das 11h, cerca de duas horas após a explosão. O incêndio destruiu toda a parte interna do primeiro andar do prédio. Assustados, diversos animais fugiram, na tentativa de se salvar.

Com informações do Metrópoles - Saulo Araújo

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