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MMA na Papuda: lutador esmagou cabeça de colega de cela com 40 socos

Preso agredido corre risco morte cerebral após ter o crânio afundado e a cabeça dilacerada. O motivo teria sido um furto de bermudas


Renato Alves/Agência Brasília
O furto de duas bermudas teria sido o estopim para o espancamento de um detento do Complexo Penitenciário da Papuda, nessa quinta-feira (11/12). A agressão foi cometida por outro interno, um lutador de MMA que praticou boxe e jiu-jitsu ao longo de toda a vida. A vítima, que corre risco de morte cerebral, levou 40 socos e sofreu afundamento no crânio, além de ter a cabeça dilacerada.

A coluna apurou que o detento lutador é Caio Henrique Batista da Silva, 29 anos. Ele dividia a cela 10 da Ala G com André da Silva Lopes, 26, o agredido. O autor do espancamento cumpre pena há nove anos pelos crimes de assalto, porte de arma e receptação e nunca havia brigado com outros presos. Em depoimento, ele contou ter agredido o colega de cela após uma discussão envolvendo o suposto furto de duas peças de roupa.

Aos policiais, o presidiário disse que levou um soco de André após confrontá-lo sobre onde estariam as bermudas. Após supostamente ser agredido, Caio disse ter partido para cima do colega de cela, o atingindo com pelo menos 40 golpes na cabeça e no tronco. Logo em seguida, teria começado a gritar que havia um interno passando mal.

Sem remorso


Aos policiais penais, o detento disse que havia agredido o outro interno em razão do furto das bermudas e não expressou nenhum arrependimento pelos fatos, tendo afirmado que “arrebentou ele mesmo”. Caio relatou, ainda, que se André não fosse socorrido para o hospital ele “morreria lá mesmo”.

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Um médico que integra a equipe de saúde da Papuda constatou a gravidade dos ferimentos, e o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) foi acionado. Depois de constatarem que o preso corria risco de morte, ele foi socorrido de helicóptero para o Hospital de Base do DF (HBDF).

Após exames preliminares, os médicos concluíram que o detento está com um edema grave no cérebro e ficará sob acompanhamento, sem sedação, por 12 horas. O risco de morte cerebral é grande, segundo fontes ouvidas pela coluna.

Com informações do Metrópoles - Carlos Carone, Mirelle Pinheiro

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