Com apoio da Emater-DF e acesso ao programa Prospera, casal de ex-gráficos transformou propriedade em referência da agricultura familiar e passou a gerar empregos na comunidade
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| Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília |
O casal Leonice e Arnaldo Mendes, de 42 anos, da comunidade Lagoinha, em Planaltina, mudou completamente de vida após o fechamento da gráfica que mantinha durante a pandemia de Covid-19. Sem experiência no campo, eles buscaram apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) por meio da Emater-DF, ingressaram em uma cooperativa de produtores familiares e tiveram acesso ao microcrédito do Prospera, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF). Hoje, são responsáveis pelo maior cultivo de morango da região.
A primeira tentativa na chácara do Núcleo Rural Rio Preto foi com abóboras, mas a produção foi perdida por ataque de pragas. Com apoio da Coopermista e acesso a cerca de R$ 19 mil do Prospera, o casal conseguiu retomar o trabalho com beterraba e cenoura, ampliando a área produtiva. Pouco depois, apostaram no morango, iniciando com 10 mil mudas. Atualmente, fornecem para a cooperativa e supermercados, competindo com grandes produtores e mantendo colheita durante todo o ano.
A chegada do canal da Lagoinha, em 2024, ampliou as possibilidades de cultivo, permitindo maior diversificação. Agora, os produtores planejam investir em cobertura e cultivo suspenso para melhorar a produtividade. Leonice destaca o papel da Emater não só na assistência técnica, mas também na capacitação em gestão e finanças: “Não basta produzir, é preciso saber calcular custos e planejar”.
O sucesso da produção também gerou empregos. A jovem Ana Clarice Vieira, de 25 anos, encontrou na atividade uma nova fonte de renda, trabalhando de três a quatro vezes por semana na colheita e seleção dos frutos. Hoje, o casal conta com cinco trabalhadores fixos, envolvendo principalmente mulheres da comunidade em tarefas como pesagem e embalagem.
De acordo com o extensionista rural Eduardo Damásio, da Emater-DF, além da orientação técnica sobre culturas adequadas à região, a instituição também auxilia no acesso a linhas de crédito e gestão comercial. O Prospera, por exemplo, oferece microcrédito escalonado, começando em cerca de R$ 19 mil e chegando a até R$ 38 mil em rodadas posteriores, após quitação. Já o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural (FDR), da Seagri-DF, financia projetos de investimento e custeio agropecuário, infraestrutura e turismo rural.
A solicitação do Prospera é feita nas agências do trabalhador, onde o interessado recebe uma simulação inicial com um agente de crédito. Já para o FDR, é necessário apresentar projeto elaborado pela Emater, acompanhado de documentos pessoais, da propriedade e certidões.
Histórias como a de Leonice e Arnaldo mostram o impacto da combinação entre crédito, assistência técnica e cooperativismo na transformação da agricultura familiar no DF, promovendo renda, emprego e desenvolvimento sustentável.
Com informações de Agência Brasília
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