Unidade referência em alta complexidade aposta em novos projetos, obras e tecnologia para oferecer mais qualidade e humanização no cuidado aos pacientes
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| Alberto Ruy/ IgesDF |
O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), que completa 65 anos no próximo dia 12 de setembro, chega à data marcado por avanços estruturais e tecnológicos que fortalecem sua atuação como referência em procedimentos de alta complexidade.
Entre as principais iniciativas está o Projeto Lean, implantado em agosto de 2023, que reorganizou o uso das salas cirúrgicas. A medida aumentou a quantidade de procedimentos diários, reduziu cancelamentos e garantiu o início das operações dentro do horário previsto, entre 7h e 7h30.
Outro destaque é o Protocolo Onda Vermelha, voltado a vítimas de trauma grave com choque hemorrágico. O modelo emergencial permite acionar simultaneamente setores estratégicos, como centro cirúrgico, radiologia e banco de sangue, acelerando exames, transfusões e intervenções de urgência. Segundo Renato Lins, chefe do Trauma, “o protocolo reduz o tempo de resposta, garantindo rapidez nos exames e na disponibilidade imediata de salas para intervenções urgentes”.
Avanços na oncologia
Em 2024, o hospital inaugurou o Centro de Infusão Verinha, espaço climatizado e privativo destinado a quimioterapias oncológicas e hematológicas. A estrutura aumentou a capacidade de atendimento e proporcionou mais conforto aos pacientes. Somente em 2024, foram realizadas 11.834 aplicações oncológicas e 7.313 de hematologia. De janeiro a julho de 2025, já foram registradas 5.809 aplicações oncológicas e 4.202 de hematologia.
Obras e modernização
Desde que passou a ser administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), o HBDF recebeu importantes melhorias, como a reforma da cozinha, da enfermaria de oncologia e da radiologia, que ganhou novos equipamentos, incluindo um angiógrafo e uma ressonância magnética.
Está em andamento a construção do novo centro cirúrgico, com investimento de R$ 13,5 milhões. A estrutura terá 16 salas (duas de alta tecnologia), uma Recuperação Pós-Anestésica (RPA) com 18 leitos e áreas de apoio para equipes médicas e logísticas.
Outro avanço previsto é a chegada, em 2026, de dois aceleradores lineares de fótons, que permitirão oferecer radioterapia de alta tecnologia, até então disponível apenas na rede privada.
Para Edson Gonçalves, superintendente do HBDF, o hospital mantém seu protagonismo: “Pioneiro em Brasília, o Hospital de Base segue como referência nacional e comprometido em oferecer assistência de excelência a quem mais precisa”.
Novo pronto-socorro
Também para 2026 está prevista a construção do novo Pronto-Socorro do HBDF, orçado em R$ 18 milhões. O projeto prevê duas unidades de suporte: uma voltada ao Centro de Trauma e outra para pacientes clínicos, somando 125 leitos.
As obras incluem ainda a reformulação dos acessos de emergência, a modernização da recepção principal e a renovação da fachada do edifício, que ganhará design mais funcional e acolhedor.
De acordo com Rubens Pimentel Jr., vice-presidente do IgesDF, o impacto será profundo: “Estamos diante de uma transformação estrutural que vai ampliar a capacidade de atendimento e garantir mais segurança e conforto aos pacientes. O novo Pronto-Socorro e o futuro centro cirúrgico representam um salto de qualidade que vai beneficiar diretamente a população atendida pelo Hospital de Base e por toda a rede pública do Distrito Federal”.
Na próxima reportagem sobre os 65 anos do HBDF, será destaque o atendimento humanizado que marca a trajetória da unidade.
Com informações da Agência Brasília
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