Mais de 230 estudantes participam das aulas no contraturno, aprendendo instrumentos e desenvolvendo habilidades que impactam o desempenho escolar
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| Paulo H. Carvalho/Agência Brasília |
Do tema de Piratas do Caribe ao clássico We Will Rock You, do Queen, o repertório do projeto de musicalização das escolas cívico-militares do Distrito Federal tem animado e transformado a rotina de jovens entre 11 e 14 anos. Implantada em seis unidades de gestão compartilhada com o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), a iniciativa já atendeu mais de 350 alunos desde o início e hoje conta com 237 matriculados.
As aulas acontecem duas vezes por semana, no contraturno escolar, com duração de duas horas. Os estudantes podem aprender flauta transversal, clarineta, saxofones, trompete, trombone, trompa, tuba, lira, tarol, surdo, prato, bombo, entre outros instrumentos de sopro e percussão. O ensino começa com teoria musical, leitura de partitura e noções de ritmo, para depois avançar à prática.
Segundo o coordenador musical das escolas, major Eraldo Azevedo, a orientação é fundamental para que cada aluno encontre o instrumento mais adequado ao seu perfil. Já o major Elias Cordeiro, responsável pelo projeto no CEF 1 do Riacho Fundo II, lembra que a banda começou do zero: “Começamos com instrumentos doados pela Secretaria de Segurança Pública e com músicos do Corpo de Bombeiros. Desde então, temos crescido junto com esses meninos”.
O impacto vai além da música. Muitos estudantes já conquistaram vagas na Escola de Música de Brasília, enquanto outros relatam melhorias na disciplina, no foco e no desempenho escolar. “A música exige organização. Percebemos que os alunos acabam se disciplinando a partir da própria prática musical”, afirma o maestro Cordeiro.
Exemplo disso é Miguel Galdino, 13 anos, que tinha dificuldades de atenção e notas baixas antes de ingressar no projeto. Após participar da banda, passou a se concentrar mais e a melhorar os resultados escolares. Já Emanuelle Vitória de Meira, 12 anos, viu no projeto a chance de realizar um sonho. “Quando cheguei e vi que tinha uma banda, quis participar. Hoje estou feliz com meu progresso e quero seguir carreira musical”, contou.
Atualmente, cinco escolas cívico-militares oferecem as aulas em caráter regular: CEF 1 do Núcleo Bandeirante, CEF 1 do Riacho Fundo II, CEF 19 de Taguatinga, CEF 407 de Samambaia e CEF 4 de Planaltina. A expectativa é ampliar a iniciativa para mais unidades, pavimentando sonhos e estimulando talentos musicais que refletem dentro e fora da sala de aula.
Com informações da Agência Brasília
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