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Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão do DF ultrapassa 18 mil atendimentos em 2025 e se consolida como referência nacional

Com cuidado integrado e equipes multiprofissionais, unidades do GDF evitam complicações graves e ampliam a qualidade de vida de pacientes adultos e infantis


 Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
O Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão (Cadh) do Distrito Federal, mantido pelo GDF, realizou mais de 18 mil atendimentos em 2025, consolidando-se como um dos principais modelos de cuidado integrado do país. As unidades, que funcionam nas modalidades Adulto (Cadh) e Infantil (Cadhin), oferecem acompanhamento multiprofissional a pacientes com diabetes e hipertensão de alto e muito alto risco, encaminhados pelas equipes de Saúde da Família.

Atualmente, o DF conta com quatro centros de atendimento especializados, distribuídos por diferentes regiões. O mais recente, inaugurado neste mês, atende moradores de Ceilândia, Brazlândia e Sol Nascente/Pôr do Sol. O serviço tem transformado a vida de pacientes como Carlos de Sousa, 52 anos, morador do Itapoã, que conseguiu estabilizar o controle glicêmico após iniciar o acompanhamento no Cadh do Hospital Regional do Paranoá.

Segundo a coordenadora de Atenção Secundária e Integração de Serviços da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), Juliana Oliveira, o modelo de atenção especializada funciona como retaguarda da Atenção Primária, oferecendo consultas, exames e procedimentos de média complexidade. “O Cadh garante o atendimento contínuo de usuários que necessitam de acompanhamento clínico com especialistas e infraestrutura adequada”, explicou.

Na Região de Saúde Leste, o centro oferece atendimento completo com foco no cuidado ao diabético, incluindo a Sala do Pé, espaço dedicado ao tratamento de lesões causadas pela doença. A equipe é formada por enfermeira, médico e podólogo, e utiliza técnicas reconhecidas internacionalmente, como descompressão de calcâneo, laserterapia e curativos especiais, o que tem reduzido significativamente o número de amputações.

Diante do sucesso da iniciativa, uma segunda Sala do Pé e Feridas Complexas foi inaugurada em 2020 na Policlínica de São Sebastião, ampliando o acesso aos pacientes com dificuldade de locomoção. “A descentralização aproximou o serviço e garantiu a continuidade do tratamento”, destacou Jane Franklin, diretora da Atenção Secundária da Região de Saúde Leste.

De acordo com a gerente de Planejamento e Monitoramento, Mayara Batista, o atendimento começa na UBS, que identifica e estratifica os casos de risco. O acompanhamento é feito via Sisreg, garantindo atendimento em até 30 dias. “No Cadh, o paciente é atendido por uma equipe multiprofissional — psicólogo, nutricionista, enfermeiro, médicos e farmacêutico clínico — e sai com um plano de cuidado personalizado”, explicou. “O usuário não recebe apenas receitas, mas metas específicas para estabilizar o quadro clínico, considerando também fatores emocionais e sociais.”

O atendimento infantil também segue a mesma metodologia. Crianças com diabetes tipo 1 permanecem vinculadas ao serviço até os 18 anos e contam com suporte ampliado, conforme as necessidades clínicas.

A equipe da Região de Saúde Leste também criou o Centro de Atenção Materno-Infantil (Cami), voltado a gestantes de alto risco e crianças de até dois anos, após diagnóstico de alta mortalidade infantil na região. Desde o início das atividades, houve redução nas intercorrências durante o parto e melhora nos índices de saúde neonatal. Atualmente, o foco está na estruturação do atendimento a bebês prematuros e de baixo peso, acompanhados por neonatologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e nutricionista.

Reconhecido nacionalmente, o Cadh é considerado centro colaborador do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e recebe visitas técnicas de outros estados interessados em replicar o modelo de atenção integrada. “O trabalho em rede e a planificação dos serviços tornaram o DF uma referência no atendimento especializado em diabetes e hipertensão”, afirmou Jane Franklin.

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