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Vacina contra o HPV é ampliada no DF para adolescentes de até 19 anos até 2026

Imunização em dose única está disponível em 100 locais e protege contra verrugas genitais e diversos tipos de câncer


Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde
Até 30 de junho de 2026, adolescentes de ambos os sexos, com até 19 anos de idade, podem se vacinar contra o papilomavírus humano (HPV) no Distrito Federal. A vacina protege contra verrugas genitais e contra tipos de câncer como os de colo do útero, pênis, boca, ânus e laringe. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal disponibiliza cerca de 10 mil doses do imunizante, distribuídas em 100 pontos de vacinação.

A imunização é realizada em dose única e oferece proteção contra quatro tipos do vírus HPV. Dois deles são classificados como de baixo risco, responsáveis por aproximadamente 90% das verrugas genitais, enquanto os outros dois são considerados de alto risco e estão associados a cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.

O HPV é um vírus sexualmente transmissível que pode infectar a pele e as mucosas oral, genital e anal, atingindo homens e mulheres. De acordo com o chefe da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer, Gustavo Ribas, a vacinação é uma medida segura e eficaz de prevenção. Segundo ele, a imunização representa uma oportunidade de proteção antes da exposição ao vírus, fortalecendo as ações de prevenção em saúde pública.

A vacina contra o HPV já é prevista no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos e meninas de 9 a 14 anos. No entanto, desde março de 2025, a Secretaria de Saúde ampliou a oferta para adolescentes de 15 a 19 anos. A gerente da Rede de Frio Central, Tereza Luiza Pereira, explica que a aplicação da vacina no DF teve início em 2013 e que a ampliação permite alcançar jovens que não receberam a proteção no período recomendado.

Entre março e dezembro de 2025, foram aplicadas 4,5 mil doses da vacina contra o HPV em adolescentes de 15 a 19 anos no DF. O número corresponde a uma cobertura de aproximadamente 15,6% entre o público feminino e 7,9% entre o masculino. A estimativa da Secretaria de Saúde é de que ainda sejam necessárias cerca de 40 mil doses para atingir a cobertura esperada de 90% nessa faixa etária.

Tereza Luiza reforça que a vacina é segura e possui poucas contraindicações. O imunizante não deve ser aplicado em pessoas com histórico de hipersensibilidade grave ou alergia à levedura, nem em gestantes. Além disso, indivíduos com doenças febris agudas, moderadas ou graves devem aguardar a melhora do quadro clínico antes de receber a dose.

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