Na saída de um bar, o militar foi agredido por grupo formado por 3 homens. Ele quebrou uma costela, teve cortes na cabeça e fraturou o nariz
Foto: Reprodução |
Um sargento do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) foi espancado por pelo menos três pessoas em Arniqueira. As agressões ocorreram na saída do Bar Sim Sem Hora e foram filmadas por câmeras de segurança.
O militar, que tem 36 anos e ocupa o posto de terceiro sargento, contou ao Metrópoles ter ido ao estabelecimento comemorar o aniversário de um amigo. Na saída, diz ter sido o primeiro a pagar a conta, enquanto aguardava pelos companheiros. O segurança do local pediu para que ele esperasse do lado de fora.
Antes de sair, ele escutou um homem que estava do outro lado o ameaçando. “Um cara que estava do lado de fora falou que ia me pegar. Não sei a razão, porque não teve briga dentro do bar”, narrou o sargento. Em seguida, o segurança o empurrou para fora e o suspeito que o ameaçou aproveitou a oportunidade e o acertou com um soco. Na sequência, outras duas pessoas também passaram a agredi-lo.
Veja imagens das agressões abaixo:
⏯️ Imagens fortes: bombeiro do DF é espancado e jogado de escada em hotel.
— Metrópoles (@Metropoles) February 15, 2022
Na saída de um bar, o militar foi agredido por grupo formado por 3 homens. Ele quebrou uma costela, teve cortes na cabeça e fraturou o nariz.
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Depois disso, o bombeiro conseguiu fugir do trio e tentou se esconder no hotel Mil e Uma Noites, que fica ao lado do bar. Nessa hora é possível ver a segunda parte das agressões sofridas pelo militar. Ele consegue entrar correndo pelo estacionamento, mas é seguido pelos agressores. As imagens mostram o bombeiro subindo as escadas e se abrigando em um dos quartos.
Toda a movimentação dentro do hotel Mil e Uma Noites dura cerca de 13 minutos. O sargento conta que chegou a ligar para Polícia Militar do DF (PMDF) em busca de ajuda.
Os agressores o procuram fazendo ameaças, tais como: “Vamos te pegar, desgraçado”. Como não conseguem localizá-lo, o grupo decide ir embora, mas volta cinco minutos depois após uma mulher revelar o paradeiro do sargento. Nesse momento, um novo espancamento se inicia.
Um dos homens arromba a porta e começa a chutá-lo, enquanto os outros o atingem com socos e com uma latinha de cerveja. A vítima ainda é jogada da escada do hotel e, já do lado de fora, continua apanhando.
Depois de deixarem o bombeiro desacordado, os homens vão embora. “Quando acordei e vi os bombeiros – eu sou bombeiro também – me deu um alívio. Antes eu estava em pânico, pensei que ia morrer. Falei pra mim mesmo, ‘já era'”, conta o militar.
Depois de prestar os primeiros socorros, os bombeiros o levaram para o Hospital Santa Marta. O militar quebrou uma costela, teve dois cortes na cabeça, escoriações nas costas, fraturou o nariz, teve cortes nas orelhas e olhos, além de escoriações nas costas e na lombar.
Veja imagens dos agressores:
Efeitos psicológicos
O sargento conta que desde o ocorrido sofreu traumas psicológicos. “Ando na rua assustado. Saí com minha mulher, olhei paro lado e vi uma pessoa vindo de boné e já me deu um pânico”, disse o homem.
O terceiro sargento ainda não buscou ajuda profissional para os traumas, pois ainda está se recuperando das sequelas físicas. O CBMDF deu a ele um atestado de 10 dias que expira nesta quinta-feira (17).
Veja como ficou o sargento:
Foto: Material cedido ao Metrópoles |
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Foto: Material cedido ao Metrópoles |
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“Me sinto vazio, é um sentimento de impotência, de fraqueza, não sei nem como descrever. Fiquei todo ensanguentado. Me lembro de uma hora tentar chamar ajuda, mas não conseguia usar o celular, porque estava completamente sujo de sangue. Não quero que ninguém passe nunca por isso”, desabafou o militar.
Ele ainda reclama da demora da Polícia Militar em prestar socorro. O relógio das câmeras de segurança mostram o sargento ao telefone pedindo socorro às 5h27, mas a viatura da PM chegou ao local do crime somente às 5h42, 15 minutos após do chamado e depois que o espancamento já tinha acontecido.
A reportagem entrou em contato com a PMDF para comentar a suposta demora no atendimento e com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) para comentar sobre a investigação e possível identificação dos agressores. Até a última atualização desta matéria, as duas corporações não haviam respondido. O espaço segue aberto.
Fonte: Metrópoles
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