Parte histórica do museu voltou a receber visitantes nesta terça-feira (14); área de piquenique e acesso à nascente seguem interditados
Paulo H. Carvalho/Agência Brasília |
O Museu do Catetinho voltou a receber visitantes nesta terça-feira (14). O Palácio de Tábuas e o Anexo foram reabertos para o público, enquanto a área de piquenique e o acesso à nascente seguem interditados. Fundado em 1956, o equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) esteve fechado por 72 dias após a queda de uma árvore na Casa do Zelador, edificação histórica que não era tombada. O local funcionava como sede administrativa do museu.
Com a reabertura da parte histórica do museu, é possível conhecer os detalhes da primeira residência oficial de Juscelino Kubitschek em Brasília. Quartos, salas, banheiros, bar e cozinha – localizada no anexo – reúnem artefatos que levam os visitantes a uma viagem no tempo, anterior à inauguração da capital federal.
Diante de tamanha preservação histórica, o Catetinho é palco de atividades voltadas para a educação patrimonial. Os trabalhos são realizados pelo Projeto Territórios Culturais – parceria entre a pasta de Educação e a de Cultura -, em que são agendadas visitas de escolas públicas e particulares. Além disso, outros grupos podem ir ao local, bem como visitantes comuns, sem necessidade de aviso prévio do passeio.
“Levamos crianças de várias regiões administrativas do DF para conhecer esse monumento histórico, o primeiro prédio construído por Oscar Niemeyer e que já dá ideia de Brasília com seus pilotis”, explica o subsecretário de Patrimônio Cultural, Aquiles Alencar Brayner.
Até o momento, 35 escolas definiram datas para a visita ao longo de 2023. “Reabrir o museu é mostrar que o espaço é de todos, queremos a circulação das pessoas aqui e que aproveitem o patrimônio coletivo”, afirma a diretora do Catetinho, Artani Grangeiro. “Para nós, é gratificante retornar às atividades de educação patrimonial, porque os estudantes representam 30% do público que recebemos anualmente. É uma oportunidade de trabalhar com eles a questão do pertencimento histórico”, frisa Granjeiro.
Assim que soube que o museu seria reaberto, a advogada Marília Russo, 62 anos, decidiu tirar um desejo do papel. Ela e o marido costumam dedicar os momentos livres na rotina para conhecer os espaços turísticos e históricos do DF. No entanto, a lista estava incompleta: faltava visitar o Catetinho.
“Já tinha muita vontade de conhecer o museu, porque meu pai era um apaixonado por Juscelino Kubitschek, então aproveitei a oportunidade”, conta Marília. “Achei muito bonito, muito bem ambientado. Os móveis resgatam a história do Brasil e de Brasília”.
Por sua vez, a aposentada Maria da Fé Paiva, 72, conheceu os aposentos de JK há cerca de dez anos. Desde então, a moradora de Barbacena, Minas Gerais, esteve no local pelo menos três vezes. A passagem mais recente foi nesta terça (14). “Amo esse lugar, sou apaixonada. Toda vez que tenho uma oportunidade, venho para cá”, diz.
Participe
Além do Museu do Catetinho, o Projeto Territórios Culturais faz visitações ao Museu Vivo da Memória Candanga, ao Museu dos Povos Indígenas, entre outros equipamentos públicos. Mais informações estão disponíveis aqui.
Com informações da Agência Brasília - Catarina Loiola
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