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PCDF prende em Portugal criminosos que davam golpes no Brasil

Com apoio da Interpol, a 9ª Delegacia de Polícia cumpre mandados por meio da Operação Difusão Vermelha. Quatro pessoas foram detidas em Lisboa e uma, na Alemanha. Outra está foragida. As fraudes deixaram mais de R$ 16 milhões em prejuízos a milhares de brasileiros


Divulgação
A 9ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, com o apoio operacional da Interpol, cumpre, nesta terça-feira (7/3), mandados de prisão preventiva contra seis pessoas por crimes financeiros, que lesaram milhares de pessoas e resultaram em prejuízos superiores a R$ 16 milhões. Sob o comando do delegado Erick Sallum, foram presos quatro integrantes da quadrilha em Portugal e um no aeroporto de Frankfurt (Alemanha), que serão extraditados para o Brasil. Um dos acusados está foragido. A Operação Difusão Vermelha prevê, ainda, bloqueios de contas bancárias, sequestro de criptoativos e derrubadas de website utilizados para cometer os golpes.

Segundo delegado, ao longo de um ano, a 9ª DP colheu elementos que comprovaram a existência de uma organização criminosa transnacional sediada em Portugal, com finalidade exclusiva de aplicar golpes no Brasil. “A atividade ocorria há pelo menos 4 anos, vitimando milhares de pessoas em território nacional e expatriando milhões de reais via uma bem estruturada operação de criptomoedas”, explicou. Ele destacou que o modus operandi era semelhante ao enredo do filme O lobo de Wall Street, com Leonardo Di Caprio.

Pelo esquema, um indivíduo de nacionalidade tcheca residente em Lisboa montou um escritório de fachada, registrado apenas como uma suposta empresa de publicidade. “Contudo, sua verdadeira operação era vender falsos investimentos na Bolsa de Valores por meio de empresas fantasmas de corretagem. No escritório em Portugal, ele montou uma máquina de pilhagem de cidadãos brasileiros”, detalhou o delegado. As investigações constataram que o call center da organização criminosa era distribuído em quatro sedes diferentes e empregava centenas de brasileiros, geralmente imigrantes ilegais que, sem opção de trabalho, se sujeitavam a participar dos golpes.

Sallum ressaltou que a contratação exclusiva de brasileiros decorria também da necessidade de pessoas que falassem fluentemente o português do Brasil, porque assediavam e buscavam vítimas apenas no Brasil. “Os brasileiros contratados para trabalhar nesse escritório tinham a função de ligar para o Brasil e oferecer opções de investimento, como operações day trade (compras e vendas no mesmo dia) e Forex (transações com câmbio). Eles usavam todo tipo de argumento para convencer as vítimas a ingressar no mercado de valores e fazer aplicações que gerariam altas rentabilidades com garantia”, explicou.

Enganadas, as vítimas passavam a investir nas ações indicadas pelos criminosos, mas, diferentemente do prometido, sempre perdiam tudo investido. Tomadas pelo desespero das perdas, eram incentivadas a fazer novos investimentos com esperança de reverter o prejuízo. “Ocorre que os novos investimentos também geravam outras perdas, alimentando uma bola de neve. Depois de perderem todas suas economias e se endividarem ainda mais em bancos, quando as vítimas não tinham mais um centavo para aplicar, os criminosos cortavam os contatos telefônicos e elas ficavam sem a quem recorrer”, assinalou.


Com informações do Metrópoles - Vicente Nunes

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