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Ameaças de massacre reduzem frequência de alunos em escolas do DF, dizem educadores e pais

Nas últimas semanas, várias ameaças de tiros em colégios da rede pública de ensino da capital do país foram registradas


Retomar o andamento nas salas de aula diante de uma série de ameaças e ataques é um desafio que acompanha os profissionais da educação. Casos de bullying, brigas e o medo gerado pela violência são alguns dos elementos que compõem o pano de fundo da complexa situação.

A professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas após o ataque de um aluno, de 13 anos, na Escola Estadual Thomázio Montoro, em São Paulo. Na capital fluminense, um adolescente, de 15 anos, foi detido por suspeita de tentar esfaquear um colega na Escola Municipal Manoel Cícero, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Apesar de não haver registro de ataques às escolas do Distrito Federal, ao menos cinco colégios sofreram com ameaças nas últimas duas semanas. São eles:

  • Escola infantil na EQ 209, em Santa Maria
  • Centro de Ensino Fundamental (CEF) nº 1 da Candangolândia
  • Centro Educacional (CED) 1 do Riacho Fundo II
  • Escola particular na Avenida Jequitibá, em Águas Claras
  • Centro de Ensino Fundamental (CEF) nº 7 de Ceilândia

Dentre os “sintomas” que afetaram o ambiente escolar, segundo relatos de professores e representantes das unidades, estão a queda na frequência de alunos por medo de se tornarem vítima; o impasse de pais e responsáveis de os filhos perderem conteúdo e mandá-los para os colégios diante de novas ameaças; cobrança de um posicionamento mais firme de algumas escolas e a falta de direcionamento mais global, na ordem de políticas públicas por parte da Secretaria de Educação do DF (SEEDF).

Em 2022, a pasta anunciou a implementação de um plano emergencial de combate à violência nas escolas. A medida começaria pelas unidades de ensino que apresentavam maior registro de brigas e agressões e seria implementada até o meio do último ano.

“Com certeza traz atraso, comprometimento na aprendizagem”, avalia Alexandre Veloso, presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa-DF), sobre as ameaças de ataque.

Relembre os casos

Em Santa Maria, um adolescente de 14 anos foi detido na manhã do dia 20 de março suspeito de planejar um massacre em uma escola infantil na EQ 209 da região. Ele foi apreendido na unidade de ensino com um revólver. Apesar do alvoroço, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) avaliou que o episódio não passava de “puro exibicionismo”.

A comunidade escolar do Centro de Ensino Fundamental (CEF) nº 1 da Candangolândia ficou em estado de alerta com a ameaça de massacre encontrada no banheiro da escola no dia 21 de março. Escrita em caixa-alta, a mensagem “Massacre 24/3” foi encontrada por uma aluna do 8º ano. Segundo um funcionário da escola, na data informada, apenas 92 estudantes, dos cerca de 600 matriculados, compareceram às aulas.

Já no Centro Educacional (CED) 1 do Riacho Fundo II, um estudante do 2º ano enviou uma foto de uma arma em um grupo de WhatsApp e escreveu: “Vou aparecer com o ‘oitão’ segunda-feira. Já é melhor todo mundo faltar”, disse no dia 26 de março. Ele afirmou que iria matar outros colegas e, quando questionado, ameaçou outros alunos: “Vou fazer é o massacre nessa sala. Já ‘tô’ avisando logo. O chicote vai estralar”.

Em uma escola particular na Avenida Jequitibá, em Águas Claras, um aluno ameaçou fazer um ataque à instituição de ensino, na manhã da última quarta (29/3). Em mensagens publicadas anonimamente na internet, o estudante ameaçou alunos do 6º, 7º e 8º ano. “Apenas orem e rezem ao seu deus. Aproveitem enquanto podem. Amanhã [quarta-feira] será o grande dia”, escreveu. Segundo a PCDF, o ataque seria cometido com bomba.


Com informações do Metrópoles - Felipe Torres

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