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Medo de ser morto: vídeo mostra prisão de homem que atirou em PMs

Familiares de traficante que desarmou e atirou em PMs indicaram esconderijo com receio de que ele fosse morto por vingança


Reprodução/polícia
A prisão do traficante Dario Gabriel Costa Viveiros, de 25 anos, que desarmou e atirou contra dois policiais militares, na manhã da última quinta-feira (1º/6), na zona leste de São Paulo, foi viabilizada após membros da Corregedoria da Polícia Militar (PM) convencerem familiares do criminoso de que ele poderia ser morto, por vingança, por colegas de farda das vítimas.

“Nós temos um policial vegetando que tomou um tiro aqui [cabeça] e alojou no cérebro. Esse ‘menino’, a esposa acabou de ganhar um nenê. Quer dizer, o outro tá baleado também. Olha a situação, a gravidade do caso”, afirmou um corregedor sobre o estado de saúde dos soldados Robert Castro Abreu, de 36 anos, e Cleison Santos de Matos, 31, em um vídeo obtido pelo Metrópoles.

No vídeo, a mãe de Dario tenta argumentar, mas o policial da Corregedoria acrescenta que está ali “para ajudar.”

“A senhora vai junto. A senhora pega na mão dele [Dario]. Ele não vai tomar um tapa. Na vida, infelizmente, a gente não tem o poder de voltar as coisas. O único poder que a gente [Corregedoria] tem é de fazer as coisas com transparência e fazer conforme a lei prega. Porque se não for com a gente [a prisão], vai ser diferente. Tá um alvoroço danado [nas ruas], vai ser pior pra ele”, alerta o policial.

Por fim, os familiares resolvem indicar onde o traficante está escondido. A abordagem e prisão dele também foram registradas em vídeo (assista abaixo).


Pouco antes de a porta ser aberta pelo próprio Dario, um corregedor afirma que caso outros policiais encontrassem o traficante, ele seria morto.

Dario abre a porta e coloca as mãos na cabeça. Todos entram e, enquanto fuma um cigarro, ele pega um celular e conversa com um dos filhos, em uma chamada de vídeo.

“O pai vai trabalhar e demorar um pouco pra te ver de novo, tá bom? Te amo, tá? Vou mandar uma carta pra vc, com desenho, meu amor. Te amo”. O criminoso, após a prisão, incumbiu uma ex-cunhada de cuidar dos filhos de 3 e 5 anos

Em seguida, Dario abraça a mãe. A despedida é acelerada pelos corregedores, que temem pela integridade física do traficante.

Por fim, Dario é conduzido ao 49º DP (São Mateus), na zona leste, onde foi indiciado pelos disparos contra os policiais, além de ter sua captura registrada, pelo fato de não ter retornado de uma saída temporária, em março deste ano. Ele cumpria pena por tráfico de drogas, no regime semiaberto, em Mongaguá, litoral paulista. À Polícia Civil, ele afirmou que sua intenção era “lesar os policiais” quando atirou.

No distrito, ele falou sobre o crime (assista abaixo).


O caso
Dario e um adolescente de 17 anos foram abordados, quando caminhavam pela Rua Antônio Coutinho, em São Mateus, zona leste paulistana.

O traficante contou que os policiais militares questionaram a origem do celular que levava: “Tinha ganhado o celular. Não sabia que era roubado. Ele segurou no meu braço e disse que ia me levar para a delegacia”.

Ele acrescentou que tentou negociar com o PM durante a abordagem: “Eu falei para ele rever minha situação, para a gente trocar uma ideia. O PM falou que não, aí eu quis fugir”.

Na tentativa de contê-lo, os policiais militares entraram em luta com Dario, que conseguiu pegar a pistola do soldado Robert Castro Abreu, do 38º Batalhão da PM (veja abaixo).


Com a arma, ele feriu o soldado Matos com um tiro na face. O policial Robert foi atingido na perna direita e na região do abdômen.

Em seguida, Dario e o adolescente, também abordado pela dupla de policiais, fugiram em um Fiat Mobi preto. O atirador passou em um bar de um conhecido, também foragido da polícia, trocou de roupa e deixou a arma do policial usada para balear os PMs.

O homem retornou para casa e, com a ajuda da mãe, acabou preso. Ela já havia reconhecido o filho por meio das imagens da câmera de monitoramento que registrou a violência. O adolescente de 17 anos foi liberado.


Com informações do Metrópoles - Alfredo Henrique

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