Polícia Federal solicitou colaboração de autoridades dos Estados Unidos para investigar venda de joias por assessores de Bolsonaro
Vinícius Schmidt/Metrópoles |
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o pedido da Polícia Federal (PF) para solicitar cooperação internacional dos Estados Unidos no âmbito da Operação Lucas 12:2, que investiga a venda de joias por pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os agentes da PF trabalham na construção de um Acordo de Assistência Judiciária em Matéria Penal (MLAT, na sigla em inglês) para encaminhar para a Justiça norte-americana, onde detalham e justificam os pedidos para cooperação internacional.
Na semana passada, a Polícia Federal deflagrou a operação que investiga a venda de presentes recebidos durante viagens oficiais do ex-presidente. Os itens de luxo teriam sido negociados pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e pelo seu pai, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid.
A família Cid é suspeita de utilizar a estrutura do governo brasileira para desviar bens que deveriam estar no acervo da União.
Para ampliar a investigação, Moraes também autorizou a quebra de sigilo fiscais e bancários do ex-presidente, de Michelle Bolsonaro, de Mauro Cid e de Mauro Cesar Lourena Cid.
O advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef também é alvo da operação da PF. Ele teria comprado um relógio Rolex que foi dado de presente pelo regime da Arábia Saudita a Jair Bolsonaro e vendido ilegalmente por Cid.
Também envolvido no esquema de desvio de itens de luxo aparece o tenente do Exército Osmar Crivelatti. O militar é suspeito de ter guardado joias ganhadas por Bolsonaro na fazenda de Nelson Piquet, em Brasília.
Crivelatti e Wassef também tiveram os seus sigilos fiscais e bancários quebrados pela Polícia Federal, com autorização de Alexandre de Moraes.
Com informações do Metrópoles - Manoela Alcântara, Maria Eduarda Portela
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