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PM do DF é preso por suspeita de ligação com organização criminosa

Investigação conduzida em Minas Gerais identificou suspeitas de que o militar atuava pelo Primeiro Comando Capital (PCC) que comanda diversos presídios pelo país. Ele é suspeito de ter ligação com o tráfico de drogas


Caio Gomez
Um policial militar do Distrito Federal foi preso por suspeita de ligação com o Primeiro Comando Capital (PCC), organização criminosa que comanda diversos presídios pelo país. De acordo com uma investigação conduzida pela Polícia Civil de Minas Gerais, ele é suspeito de ter ligação com o tráfico de drogas. O policial Wadison Fernandes de Souza ingressou nas fileiras da corporação no ano passado, e, atualmente, ocupava a patente de soldado de segunda classe.

 De acordo com informações obtidas com exclusividade pelo Correio, as investigações começaram após as suspeitas de que ele, que também é advogado, estaria atuando a mando da facção. A Polícia Civil mineira pediu apoio da Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para conduzir a prisão do acusado, há duas semanas.

As diligências identificaram que o militar tinha em seu nome diversos carros de luxo. As suspeitas são de que os veículos eram provenientes de lavagem de dinheiro para o crime organizado. Atualmente, ele estava lotado na Academia de Polícia Militar de Brasília (APMB). A alocação na unidade ocorre nos casos de militares que por alguma razão não se adaptaram ao curso de formação, ou apresentaram atestados médicos e outras situações que impedem a formatura.

Nestes casos, o aluno recebe salário superior a R$ 6 mil e atua em atividades administrativas de segunda a sexta-feira, cumprindo cerca de seis horas por dia. Em um dos casos, de acordo com fontes na corporação, um militar se mantém nesta condição há dez anos, sem atuar nas rondas ostensivas e outras atividades de rua. As investigações foram conduzidas no mucípio de Unaí-MG, no Entorno do Distrito Federal.

Todos os aprovados em concursos da PMDF passam por investigação de vida pregressa, ou seja, tem seu passado avaliado para saber se não existem condições que impedem o exercício da atividade policial, como crimes graves, investigações penais em curso ou processos.

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que no momento da seleção, não identificou problemas na ficha do militar. "A Polícia Militar do Distrito Federal informa que os processos seletivos para ingresso na Corporação seguem editais elaborados de acordo com os ditames constitucionais e a legislação vigente, inclusive no que diz respeito às fases de investigação da vida pregressa dos candidatos. Neste processo, não foi constatado nada que impedisse o ingresso do referido policial na PMDF", diz o texto.

"Investigação conduzida pela Polícia Civil de Unaí-MG, que investigava a participação do policial por tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico, contou com o auxílio da Corregedoria da PMDF. O mandado (de prisão) foi cumprido pela Corregedoria da PMDF. Por fim, a PMDF esclarece que não coaduna com quaisquer desvios de conduta por parte de seus integrantes e que, diante dos fatos, o processo de exclusão do policial foi iniciado", completou a corporação.

Com informações do Correio Braziliense - Renato Souza

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