Mostra “Na Ponta dos Dedos” integra a 4ª Feira de Acessibilidade do DF e apresenta recursos pedagógicos criados por professoras de Planaltina
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Matheus H. Souza |
A 4ª Feira de Acessibilidade do Distrito Federal, realizada no Alameda Shopping, em Taguatinga, conta neste sábado (13) com a exposição “Na Ponta dos Dedos”, que apresenta materiais pedagógicos voltados à alfabetização de crianças e adolescentes cegos ou com baixa visão. A iniciativa é fruto do trabalho das professoras da sala de recursos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 1 de Planaltina, que desenvolveram peças para estimular a motricidade fina necessária ao aprendizado do sistema braille.
No estande, o público pode conhecer artigos feitos com objetos simples, como caixas de ovos, tampas e bolas de gude, que ajudam a compreender a lógica espacial do braille — um código tátil em relevo formado por até seis pontos. Os materiais também são usados no ensino de conteúdos de matemática, tornando o aprendizado mais concreto e acessível.
A professora Luciane Sousa, autora do livro Material pedagógico e alfabetização: Possibilidades para estudantes com deficiência visual, explica que a proposta surgiu da necessidade de atender alunos não alfabetizados em braille. Já a professora Luciana Menezes destaca a aplicação em exatas: “A matemática é abstrata, mas com esses materiais ela se torna dinâmica e desperta o interesse dos alunos”.
O método chamou a atenção de visitantes como o revisor de braille Charles Jatobá, presidente do Instituto Blind Brasil. “A exposição apresenta ferramentas que facilitam a inclusão e mostram que a cidadania é possível para todos”, avaliou.
Feira de inclusão e diversidade
Com entrada gratuita, a feira oferece programação variada, com saraus, exposições, palestras, mesas de debate e apresentações culturais. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, ressaltou o caráter inclusivo do evento: “A cultura é um direito de todos e deve ser um espaço de acessibilidade”.
O encontro, que se consolida como o maior da capital voltado à inclusão social, também reúne diversas instituições, como a Biblioteca Nacional de Brasília, o Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (CEDV) e a Fundação Dorina Nowill, de São Paulo.
Com informações da Agência Brasília
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