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Projeto sobre Águas Emendadas representa escola de Sobradinho no 14º Circuito de Ciências do DF

Iniciativa de professora do CED 3 destaca importância da Estação Ecológica e reforça a educação ambiental entre os estudantes da rede pública


Divulgação/Brasília Ambiental
A Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae), um dos mais importantes patrimônios naturais do DF, virou tema de um projeto escolar que está mobilizando alunos e professores do Centro Educacional 3 de Sobradinho. Orientados pela professora Celeni Miranda, os estudantes desenvolveram o trabalho “Águas para emendar vidas: Águas Emendadas, a nascente que une milhões de brasileiros precisa ser protegida”, selecionado para representar a escola na etapa distrital do 14º Circuito de Ciências do Distrito Federal, que acontece de 21 a 24 de outubro, na Esplanada dos Ministérios.

A vice-governadora Celina Leão elogiou o projeto e destacou a importância de conectar educação e sustentabilidade. “Projetos como esse reforçam o papel transformador da educação ambiental. Quando nossos jovens conhecem a importância de uma unidade como Águas Emendadas, tornam-se defensores do Cerrado e multiplicadores da sustentabilidade”, afirmou.

O projeto nasceu de um trabalho pedagógico sobre o tema Água, proposto pela Secretaria de Educação (SEEDF). A professora Celeni, doutora em Ciências Ambientais, levou os alunos para conhecer a unidade e observou o impacto positivo da experiência. “Ninguém conhecia a Estação Ecológica. Quando visitaram, ficaram encantados. O contato direto com a natureza despertou o interesse pela ciência e, principalmente, pela preservação ambiental”, contou.

A visita técnica foi autorizada pelo Instituto Brasília Ambiental, gestor da Esecae, e acompanhada pela equipe da Unidade de Educação Ambiental (Educ). Os estudantes participaram de palestras, trilhas interpretativas e observações de fauna e flora, além de debater os impactos ambientais da região, como o uso de agrotóxicos e o avanço urbano. Depois da visita, produziram maquetes, banners e materiais educativos sobre o fenômeno natural das águas que correm em direções opostas para as bacias do Tocantins e do São Francisco.

“A Esecae é um patrimônio natural de valor incalculável, que abastece mais de 300 mil pessoas e representa o berço das águas do Cerrado. Nosso objetivo é mostrar que preservar essa área é preservar a vida”, destacou Celeni Miranda.

A educadora ambiental Cleibiane Lemos, que acompanhou a turma, ressaltou a importância do projeto Parque Educador, que oferece apoio ecopedagógico às escolas públicas. “O CED 3 participa do programa e foi apoiado desde o início até as visitas de campo. Foi um processo contínuo de aprendizado e troca de experiências”, disse.

O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, parabenizou a iniciativa: “Ver o interesse da comunidade escolar pela Estação Ecológica de Águas Emendadas é motivo de orgulho. Essa aproximação entre educação e meio ambiente é fundamental para formar cidadãos conscientes e comprometidos.”

Além de conquistar o primeiro lugar na etapa regional do Circuito de Ciências, o projeto foi indicado ao Prêmio Paulo Freire de Educação, que reconhece práticas pedagógicas inovadoras em todo o país.

Para a professora Celeni, o maior resultado é a transformação dos alunos: “Eles entenderam que a água é um bem finito e que o Cerrado é essencial para a sobrevivência de todos. Essa consciência é o que queremos multiplicar.”

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