Encontro na Casa Rosa celebrou coragem, acolhimento e empatia entre mulheres que enfrentaram a doença e hoje ajudam outras pacientes
![]() |
| Alberto Ruy/IgesDF |
Em um gesto de acolhimento e celebração da vida, voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer se reuniram na tarde desta quarta-feira (22) no jardim do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), na Casa Rosa, sede da instituição. O encontro, realizado em pleno Outubro Rosa, reuniu mulheres que já enfrentaram o câncer, pacientes em tratamento e novas voluntárias, em uma roda de conversa marcada por emoção, força e gratidão.
Entre as participantes estava Fátima Cardoso, conhecida como Fatinha, diagnosticada com câncer em 2018. No ano seguinte, ela passou a atuar como voluntária na Rede. “Eu tive câncer, mas ele nunca me teve”, declarou. “Fui acolhida com tanto carinho que descobri uma força dentro de mim que nem sabia que existia. A Rede mudou o rumo da minha vida.”
Idealizado pela coordenadora Cláudia Silveira, o encontro teve o propósito de retribuir o carinho das voluntárias que se dedicam diariamente a acolher pacientes oncológicos. “Hoje foi o dia de acolher quem acolhe. Quis dar voz a essas mulheres e proporcionar um momento de escuta, amor e gratidão. É o que chamo de loucura de amor”, afirmou.
Sob uma tenda decorada com flores e laços cor-de-rosa, as participantes compartilharam relatos de superação. A ideia é que encontros semelhantes sejam promovidos semanalmente, permitindo que todas as voluntárias tenham a oportunidade de vivenciar momentos de troca e fortalecimento.
Entre os depoimentos, Mônica Custódio, de 47 anos, emocionou o grupo ao contar que encontrou na Rede uma nova família durante o tratamento. “Minha família virou as costas, mas aqui fui acolhida. A gente luta de cabeça erguida e com sorriso no rosto”, relatou.
A coordenadora da Rede Feminina, Larissa Bezerra, destacou o papel da ação na união do grupo. “Esse encontro integra quem está chegando e reacende o sentimento de pertencimento em quem já está conosco há anos. O acolhimento é o coração da Rede — ele pulsa nas doações, nos sorrisos e nas palavras de conforto”, afirmou.
O evento contou também com a participação do cantor Lucas Alvez, da dupla Lucas Alvez & Guilherme, que emocionou o público com um repertório musical voltado à esperança e ao amor.
Criada em 1984, a Rede Feminina de Combate ao Câncer do Hospital de Base é parceira do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) e atua diariamente no apoio a pacientes e familiares. A instituição mantém cerca de 150 voluntárias ativas e desenvolve 40 projetos sociais, com ações como doação de perucas e próteses mamárias, kits de higiene, corte de cabelo e barba, atividades culturais e atendimento humanizado.
Localizada no jardim do HBDF, a Casa Rosa simboliza empatia, solidariedade e esperança — valores que seguem inspirando quem enfrenta o câncer no DF.
.jpg)
Nenhum comentário