Iniciativa reuniu vacinação, conscientização e demonstrações de tecnologias de combate ao Aedes aegypti na UBS 1 da Asa Sul
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| Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF |
O Governo do Distrito Federal (GDF) participou neste sábado (8) do Dia D de Mobilização Nacional Contra a Dengue, uma ação integrada de combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. No DF, a mobilização ocorreu na Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 da Asa Sul, com atividades educativas, vacinação e apresentação das tecnologias utilizadas pela Secretaria de Saúde (SES-DF) no enfrentamento ao mosquito.
Durante o evento, foram exibidas as estratégias de prevenção adotadas ao longo do ano, como as estações disseminadoras de larvicida (EDLs), as ovitrampas — armadilhas para captura de ovos — e a soltura dos mosquitos Wolbitos, que são Aedes aegypti inoculados com a bactéria Wolbachia, impedindo que transmitam vírus. A unidade também manteve sala de vacinação aberta para imunizar crianças de 10 a 14 anos contra a dengue.
A secretária-executiva de Assistência à Saúde, Edna Marques, destacou o empenho das equipes na execução das ações. “O GDF, por meio da SES-DF, não mediu esforços para garantir todos os mecanismos necessários ao combate à dengue, desde armadilhas até visitas domiciliares realizadas pelos agentes de Vigilância Ambiental”, afirmou.
A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Marília Santini, reforçou a importância da participação popular. “Com a chegada do período chuvoso, o número de casos tende a crescer. Cada pessoa pode contribuir eliminando depósitos e calhas que acumulam água parada em casa, na escola e no trabalho”, alertou.
Segundo Kenia de Oliveira, diretora da Vigilância Ambiental (Dival), o trabalho da SES-DF combate todas as fases do mosquito. “Nas ovitrampas, monitoramos os ovos para identificar áreas com maior infestação. Já as EDLs usam uma estratégia de autodisseminação, na qual o próprio mosquito espalha o larvicida e impede o desenvolvimento das larvas”, explicou. Ela também destacou o uso dos Wolbitos como inovação no controle da doença: “A bactéria Wolbachia faz com que o mosquito perca a capacidade de transmitir vírus, sem causar riscos às pessoas ou aos animais.”
Além do controle biológico, o GDF mantém ações de borrifação de inseticida em locais de grande circulação, como escolas, rodoviárias e estações de metrô, e visitas domiciliares realizadas pelos agentes de Vigilância Ambiental em Saúde.
As medidas também incluem a vacinação de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, com aplicação em duas doses, disponíveis em todas as UBSs do DF. Segundo a Subsecretaria de Vigilância à Saúde, a imunização ajuda a reduzir casos sintomáticos e internações, além de aliviar a demanda hospitalar.
Durante a manhã, no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF), houve ainda um encontro entre representantes do governo e do setor produtivo — como o Codese, a CDL-DF e o Creci-DF — para ampliar a cooperação no combate à dengue em áreas urbanas e canteiros de obras.
O chefe de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias da SES-DF, Allex Moraes, reforçou o apelo coletivo: “Precisamos da união entre população, poder público e setor produtivo. A prevenção é responsabilidade de todos.”

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