Atendimento multiprofissional garante diagnóstico precoce e reforça cuidado integral com recém-nascidos
![]() |
| Sandro Araújo/Agência Saúde DF |
O DF apresenta a melhor taxa de cobertura da triagem auditiva neonatal do país, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A cobertura alcançou 95%, índice superior ao registrado por Santa Catarina (75%), Mato Grosso do Sul (66%), Rio Grande do Sul (63%) e Minas Gerais (61%). O exame, conhecido como Teste da Orelhinha, integra o conjunto de procedimentos oferecidos aos recém-nascidos ainda na maternidade, como parte do cuidado neonatal realizado por equipes multiprofissionais.
A política pública conta com atuação central do fonoaudiólogo, profissional responsável não apenas pela identificação precoce de alterações auditivas, mas também pela avaliação do frênulo lingual, no Teste da Linguinha, e pelo apoio ao aleitamento materno. Esse acompanhamento contribui para o desenvolvimento adequado das funções de sucção, deglutição e respiração do bebê.
Segundo Ocânia da Costa, responsável técnica de Fonoaudiologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, a abordagem integrada é fundamental para a inserção saudável da criança na sociedade. “São vários profissionais envolvidos, cada um em sua área, buscando sempre aplicar a melhor conduta possível, a fim de promover mais saúde e produzir menos impacto negativo”, afirma.
No Hospital Regional da Asa Norte, a fonoaudióloga Laís Nogueira atua há quase seis anos entre a maternidade, a unidade de cuidados intermediários neonatais e o centro obstétrico. Para ela, o trabalho diário é marcado por renovação e significado. “Cada bebê é uma sensação de novo começo. Esse início de vida traz muita esperança”, destaca. “Nesse cenário, a fonoaudiologia está muito relacionada com a essência do que é ser humano: desenvolver-se e comunicar-se.”
A rede pública de saúde do DF conta atualmente com 217 fonoaudiólogos em seu corpo técnico. No ambiente hospitalar, esses profissionais estão presentes nas 16 unidades da rede pública. Em 2025, até o momento, quase 18,5 mil exames de triagem auditiva neonatal já foram realizados. A elevada cobertura é resultado de um trabalho contínuo de gestão, que envolve capacitação técnica, organização das escalas de trabalho e aprimoramento do registro de dados.
.jpg)
Nenhum comentário