Em nota, a empresa responsável por ministrar a aula disse que removeu as imagens das redes sociais e afirmou repudiar ''qualquer forma de violência e ódio''
Reprodução/Instagram |
O Clube de Caça e Tiro Hunter, no município de Jataí, em Goiás, suspendeu o curso de tiro voltado para crianças, informou nesta segunda-feira (17/4) o Ministério Público de Goiás. Para a promotora de Justiça Patrícia Almeida Galvão Costa de Assis, titular da 7ª Promotoria de Justiça da cidade, “cursos desta natureza contrariam o princípio da proteção integral aos direitos das crianças e dos adolescentes e ao seu desenvolvimento saudável”.
A medida adotada pelo clube atende recomendação emitida pela promotora na última quinta-feira (13/4) após os organizadores divulgarem imagens das crianças durante uma aula de tiro desportivo, que aconteceu em 1º de abril e viralizou nas redes sociais. As armas utilizadas foram do tipo airsoft – ou seja, réplicas de armamento real que disparam projéteis de plástico.
Mesmo assim, para a titular da 7ª Promotoria de Justiça, a prática pode prejudicar a integridade psíquica das crianças, pois elas ainda “não possuem maturidade para tal manuseio”. Além disso, conforme pontua a promotoria, “a prática de tiro desportivo somente é permitida aos maiores de 14 anos e menores de 18 mediante autorização judicial, após a análise e cumprimento de uma série de requisitos previstos em decreto federal”.
Por fim, O MP pontua “que o cenário vivenciado pelo país nas últimas semanas, com o crescente número de ataques e de ameaças a instituições de ensino em todo o Brasil, torna ainda mais preocupante o contato de crianças com armas de fogo ou simulacros”.
Nas redes sociais, o clube confirmou o cancelamento do curso e disse que a decisão foi tomada em atendimento ao pedido do Ministério Público. “Pensando no bem-estar de todos os envolvidos no projeto e em seguir as recomendações do MP, todas as postagens do projeto foram retiradas das redes sociais”.
“O Clube Hunter reitera novamente seu repúdio a qualquer forma de violência e ódio, especialmente aqueles que ocorrem nas escolas”, finaliza o comunicado.
Com informações do Correio Braziliense - Bruno Luis Barros
Nenhum comentário