Governadora em exercício, Celina Leão afirmou que haverá a nomeação de 150 agentes de vigilância sanitária para combate à dengue no DF
Vinicius Schmidt/Metrópoles |
Na manhã deste sábado (13/1), a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), iniciou as ações do Dia D de combate à dengue. Durante agenda na Unidade Básica de Saúde 9, em Ceilândia, ela disse que haverá a nomeação de 150 novos agentes de vigilância sanitária.
“Nós estamos nomeando tudo, 100% do que estava previsto na LOA (Lei Orçamentária Anual). Nós estamos nomeando todos”, frisou. De acordo com Celina Leão, a nomeação dos servidores deve ser assinada até a próxima segunda-feira (15/1): “Tomou posse, treina e já começa a nos ajudar nesse combate. A ajuda será importantíssima para que a gente possa vencer o mosquito da dengue”.
De acordo com a governadora, existe um cronograma de ações, que une várias pastas do GDF, para combater os focos da doença. “Os focos estão dentro das casa das pessoas. Nós temos que tirar os lixos das ruas. Nós temos que, neste momento de chuva, redobrar o cuidado. Nós nunca tivemos tanta chuva como nós estamos recebendo aqui no DF”, afirma.
A chefe do Executivo ditrital ressaltou a importância da colaboração de toda população, junto com o Serviço de Limpeza Urbana (SLU): “Lixo na rua traz dengue, traz mosquito da dengue, entope bueiro, traz inundação. O Estado não dá conta se não for uma colaboração de todos”.
O evento também contou com a presença do deputado federal Gilvan Máximo (Republicanos-DF). “Nós temos que unir todos aqui, toda a sociedade, para conscientizar o nosso povo de não jogar lixo na rua, não jogar garrafa, porque nós não podemos ter esse número assustador de casos de dengue, como estamos tendo aqui no Distrito Federal”, declarou o político.
Já a deputada distrital Dayse Amarilio (PSB) fez um apelo também pela classe dos enfermeiros e do aumento no efetivo de servidores da área de saúde: “Orientação e atendimento rápido salvam a vida de um paciente com dengue. A dengue tá com uma cepa mais virulenta, agravando mais e mais rápido. […] Então, nós precisamos ter enfermeiros e técnicos de enfermagem, não só nos hospitais, mas na UBS também, ajudando a girar esses leitos”
Epidemia de dengue
Celina Leão reconheceu, na última sexta-feira (12/1), que há uma epidemia de dengue e declarou que o Governo do DF está buscando soluções para reverter a situação. Segundo ela, o GDF realizou uma reunião no Palácio do Buriti com os administradores regionais para tratar do tema.
“Entendemos a gravidade da crise e vamos contratar mais agentes de vigilância sanitária, porque esses agentes são importantes, pois entram nas casas das pessoas. Mas todo mundo deve ajudar. A cepa veio forte, há uma epidemia, e todos nós devemos colaborar”, afirmou.
Na ocasião, ela ainda adiantou que a Secretaria de Saúde estipulou que as unidades básicas de saúde tipo 2 coloquem pelo menos 40% da mão de obra à serviço da população. “Se sentir qualquer sintoma, vá para essa unidade tipo 2 que a pessoa vai conseguir fazer a sorologia para ver se está com dengue ou não”, recomendou.
Aumento de casos
O Distrito Federal já registrou 2.189 casos suspeitos de dengue neste ano, dos quais 2.152 são tratados como prováveis. O número leva em consideração a primeira semana epidemiológica de 2024, que analisa dados até o dia 6 de janeiro.
De acordo com boletim, dos casos prováveis de dengues, 95,4% são residentes no DF, totalizando 2.054. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 207% no número de possíveis ocorrências de dengue em moradores da capital federal.
Em 2023, foram apontados 669 registros prováveis da doença. Neste ano, há infectados vindos de outros estados, principalmente de Goiás, onde houve 93 casos. O documento ressalta que os dados ainda são parciais, sujeitos à alteração, podendo ocasionar diferenças nos números de uma semana epidemiológica para outra.
Com relação à situação da dengue nas regiões administrativas, a Ceilândia apresentou o maior número de casos prováveis (765), seguida de Samambaia (142), Brazlândia (124), Taguatinga (85) e Santa Maria (50). Estas cinco regiões administrativas concentraram 56,7% (1.166) dos casos prováveis de dengue do DF.
Sintomas e tratamento
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito urbano e diurno que se reproduz em depósitos de água parada.
Desta forma, o período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, assim, para a maior disseminação da doença.
Os principais sintomas da dengue são:
Febre alta
Dor no corpo e articulações
Dor atrás dos olhos
Mal estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo
Como a dengue é uma doença viral, o tratamento é feito para aliviar os sintomas, por meio da prescrição de antitérmicos, ingestão de líquidos e repouso. Portanto, ao primeiro sinal dos sintomas, procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou o serviço médico mais próximo de você. No DF, são 175 UBSs, sendo que 33 delas estão localizadas em zonas rurais
Com informações do Metrópoles - Jonatas Martins
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