Com tecnologia, acolhimento e resposta rápida, iniciativa da SSP-DF cresce em 2025 e reforça a rede de proteção às vítimas de violência doméstica
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Divulgação/SSP-DF |
O Programa Viva Flor, da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), ultrapassou a marca de 1.100 mulheres monitoradas, consolidando-se como uma das principais políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher no DF. Somente nos cinco primeiros meses de 2025, 334 novas participantes foram incluídas na iniciativa, que alia tecnologia, atendimento humanizado e acionamento rápido das forças de segurança.
Desde sua criação, em 2018, o programa evoluiu de forma contínua. De 74 mulheres atendidas em 2021, o número saltou para 101 em 2022, alcançando 774 novas inclusões apenas em 2024. Atualmente, regiões como Santa Maria, Ceilândia, Gama, Planaltina, Riacho Fundo e Taguatinga concentram mais da metade das usuárias. A maioria das mulheres atendidas está na faixa etária entre 30 e 59 anos.
“O Viva Flor é mais do que um recurso tecnológico — é a ponte entre a mulher em situação de risco e o acolhimento institucional. Desde seu início, não tivemos nenhum feminicídio entre as monitoradas, o que comprova sua eficácia”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. Ele destacou que o programa combina resposta rápida, acolhimento qualificado e atuação integrada.
O acesso ao Viva Flor pode ocorrer por meio de decisão judicial que conceda medida protetiva ou por ato administrativo de delegados de polícia, conforme previsto em portaria conjunta entre SSP-DF, PMDF e PCDF. Essa inovação reduziu significativamente o tempo entre a denúncia e a entrega do dispositivo de proteção.
Inicialmente, o Viva Flor funcionava via aplicativo. Desde 2021, passou a oferecer também um dispositivo próprio semelhante a um telefone móvel, possibilitando maior inclusão de mulheres em situação de vulnerabilidade. Ambas as opções seguem disponíveis atualmente.
Rosineide Sá, coordenadora do programa, explica que o trabalho se baseia em escuta qualificada, acolhimento sensível e uso eficiente da tecnologia. “Com um toque, o alerta é enviado ao Centro de Operações da PMDF, que aciona viaturas com base no georreferenciamento, garantindo agilidade e prevenindo crimes mais graves”, detalha.
O chefe do Copom, tenente-coronel Rafael Delatorres, ressaltou a importância do atendimento humanizado: “O serviço Copom Mulher realiza acolhimento e orientações por telefone, fortalecendo a autonomia das vítimas e incentivando o acesso seguro à rede de apoio”.
Para a juíza Fabriziane Zapata, coordenadora do Núcleo Judiciário da Mulher do TJDFT, o Viva Flor é um instrumento fundamental de proteção. “Ele garante socorro imediato e permite que cada mulher tenha a chance de reconstruir sua vida com dignidade.”
A subsecretária de Prevenção à Criminalidade, Regilene Siqueira, reforçou o papel do programa na transformação social: “O Viva Flor não apenas protege, mas também empodera. É uma resposta concreta do Estado à violência de gênero, considerando os diversos contextos de vulnerabilidade enfrentados por essas mulheres”.
Com resultados expressivos e reconhecimento crescente, o Viva Flor segue como referência em políticas de segurança voltadas para o enfrentamento da violência doméstica no Distrito Federal.
Com informações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF)
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