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Governo Lula estuda auxílio a familiares de traficantes mortos no Rio e gera indignação

Proposta de assistência a herdeiros de criminosos abatidos em operação policial divide opiniões e levanta críticas sobre conivência com o crime


Marcelo Camargo/Agência Brasília
O governo federal estuda a criação de um auxílio emergencial para familiares de traficantes mortos durante a Operação Contenção, realizada em 28 de outubro nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. A medida, defendida pela ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, tem como objetivo oferecer “assistência social” aos parentes dos 117 criminosos mortos pela Polícia Militar fluminense no confronto ocorrido na Serra da Misericórdia.

Durante visita à região, na última quarta-feira (30), a ministra classificou a ação policial como um “fracasso” e um “horror inominável”, e prometeu a realização de uma perícia independente conduzida pela Polícia Federal.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também criticou a operação. Em entrevista concedida a agências internacionais, como AFP e Reuters, durante a COP30, em Belém, nesta terça-feira (4), ele afirmou que o episódio foi uma “matança desastrosa”. Segundo Lula, “a ordem era de prisão, não de extermínio”.

Os criminosos mortos pertenciam ao Comando Vermelho (CV), facção que domina cerca de 70% do território da capital fluminense. Durante o confronto, os traficantes estavam fortemente armados, com fuzis AR-15, granadas e drones, além de utilizarem fardas camufladas para confundir as forças policiais. A operação resultou em 113 prisões, sendo 33 de suspeitos vindos de outros estados.

Apesar das críticas do governo, pesquisas apontam amplo apoio popular às ações das forças de segurança. Levantamentos da AtlasIntel, Datafolha e Paraná Pesquisas indicam que mais de 60% dos entrevistados consideram a operação um sucesso e defendem o endurecimento contra o crime organizado.

A possível criação de um benefício para famílias de traficantes mortos vem gerando forte reação entre a população e especialistas em segurança pública, que classificam a medida como um retrocesso e um desrespeito às vítimas da violência.

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