Desde 2019, o sistema recebeu três novas estações, melhorias tecnológicas e ampliações que garantem mais conforto e eficiência; novas obras em Samambaia e Ceilândia vão ampliar a rede e beneficiar milhares de usuários
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| Matheus H. Souza/Agência Brasília |
Depois de mais de 20 anos sem expansão, o metrô do Distrito Federal voltou a crescer. Desde 2019, o GDF entregou três novas estações — Estrada Parque, 106 Sul e 110 Sul — e iniciou a ampliação da Linha 1, no ramal de Samambaia. O conjunto de ações marca uma nova fase da Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF), que combina expansão da rede, modernização tecnológica e aumento das receitas operacionais.
As três novas estações receberam mais de R$ 44 milhões em investimentos em obras civis, sistemas elétricos e equipamentos de acessibilidade, como elevadores e escadas rolantes. Além de facilitar a mobilidade, elas também impulsionaram a arrecadação com locação de espaços e publicidade: a 106 Sul já ultrapassou R$ 6 milhões em receitas, e a 110 Sul, mais de R$ 5 milhões.
Segundo o presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral Ribeiro, a expansão tem impacto direto na vida da população e nas finanças da companhia. “Quando entregamos novas paradas, trazemos mais passageiros para o sistema. Isso atende o cidadão, amplia o acesso ao transporte público e ainda aumenta as receitas do metrô para novos investimentos”, destacou.
Atualmente, o sistema conta com 42,3 km de trilhos, conectando Brasília a Ceilândia e Samambaia. Em dias úteis, o metrô transporta de 160 mil a 180 mil pessoas. O formato em “Y” liga o eixo principal até Águas Claras, com ramificações para Ceilândia Norte e Samambaia.
O GDF trabalha agora na ampliação da Linha 1 em Samambaia, que vai ganhar duas novas estações e 3,6 km de via. O investimento é de R$ 348,9 milhões, com recursos assegurados até 2026. Em Ceilândia, outras duas estações estão em fase de análise pelo Tribunal de Contas do DF e deverão ser licitadas em breve. Juntas, as novas obras somarão 6 km de trilhos e atenderão mais de 35 mil passageiros por dia.
A região Sul, que inclui Gama, Santa Maria, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Cruzeiro, também será contemplada com a criação da Linha 2. O projeto, ainda em fase de estudos, prevê cerca de 50 km de extensão, ligando essas regiões à Rodoviária do Plano Piloto e à Esplanada dos Ministérios.
Além das obras, o Metrô-DF vai adquirir 15 novos trens e realizar a manutenção completa de 20 composições da série 1000, em operação desde 2001. O investimento previsto é de aproximadamente R$ 900 milhões. O sistema de sinalização e controle também passará por modernização completa, com investimento estimado entre R$ 600 e R$ 800 milhões, o que deve aumentar a segurança, a eficiência energética e a regularidade das viagens.
Outras melhorias incluem o pagamento por aproximação nas catracas, o uso de QR Code no lugar dos bilhetes de papel, painéis informativos com horários em tempo real e o aplicativo oficial do metrô, que permite acompanhar o funcionamento das linhas.
O horário de operação também foi ampliado: as estações agora abrem às 5h30 e funcionam até 21h30 aos domingos. A mudança, associada ao programa Vai de Graça, que garante gratuidade aos domingos, aumentou o número de passageiros de 30 mil para 50 mil nesse dia da semana.
Com as obras e investimentos em curso, o Metrô-DF se prepara para atender as próximas décadas de crescimento da capital. “Nosso objetivo é deixar o metrô pronto para os próximos 40 anos, com tecnologia de ponta, conforto e confiabilidade”, concluiu o presidente Handerson Cabral Ribeiro.
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