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Safra de soja no DF deve gerar R$ 1 bilhão em renda e reforça protagonismo do agro local

Abertura oficial do plantio marca início da safra 2025/2026 e consolida o Distrito Federal como referência nacional em produção de sementes e exportação do grão


Renato Alves/Agência Brasília
O governador Ibaneis Rocha participou, nesta quarta-feira (5), da abertura oficial do Plantio da Soja Safra 2025/2026, evento que simboliza o início do novo ciclo agrícola no Distrito Federal. A cerimônia reuniu produtores rurais, lideranças do agronegócio e autoridades, destacando o papel da sojicultura no desenvolvimento econômico e social da região.

Atualmente, mais de mil produtores cultivam o grão em cerca de 600 propriedades cadastradas no Sistema de Informações em Defesa Agropecuária do DF (Siagro-DF). A cadeia produtiva da soja movimenta aproximadamente R$ 775 milhões por ano, atendendo aos mercados interno e externo.

Segundo Ibaneis Rocha, o DF tem se consolidado como referência nacional pela qualidade das sementes produzidas. “Mais de 40% do que é colhido aqui são sementes preparadas para outros produtores”, afirmou. “Vendemos para estados como Mato Grosso e oeste da Bahia, o que garante maior rentabilidade ao nosso agricultor.”

O governador destacou o apoio do GDF, por meio da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF) e da Emater-DF, na oferta de infraestrutura e assistência técnica ao setor. “A expectativa de renda com a soja neste ano é de cerca de R$ 1 bilhão, o que mostra a força e a produtividade do nosso agro”, disse.

Ibaneis ressaltou ainda a parceria com os produtores e o incentivo a diferentes culturas. “Temos trabalhado desde o apoio às hortaliças e ao mirtilo, que aumentaram a renda das famílias, até o fortalecimento da cadeia do leite e do vinho. O ecoturismo também cresce muito, diversificando a economia rural”, afirmou.

O secretário de Agricultura, Rafael Bueno, avaliou que as perspectivas para a safra 2025/2026 são positivas. A área cultivada deve crescer 2%, chegando a 90,2 mil hectares, com produção estimada em 331 mil toneladas de grãos. Ele destacou que regiões como Pipiripau, Planaltina, Rio Preto, São Sebastião, Sobradinho e PAD/DF mantêm alta produtividade e boas práticas agrícolas.

Bueno ressaltou ainda os benefícios do programa ProRural, que oferece incentivos fiscais, como redução de ICMS e taxas ambientais. “Esse apoio dá competitividade ao produtor do DF, que consegue comercializar a soja com vantagens em relação a outras regiões”, explicou.

O secretário lembrou que o Paquistão é o principal destino da soja produzida no DF. “Mesmo sem o volume de outros estados, exportamos soja de alta qualidade. Nossos produtos estão atravessando oceanos e levando o nome do Distrito Federal a novos mercados”, afirmou.

De acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, o sucesso da produção é resultado de investimentos em tecnologia, controle fitossanitário e boas condições de solo e altitude. “Cerca de 40% da soja produzida no DF é destinada à produção de sementes, que têm maior valor agregado. Realizamos competições de variedades em parceria com os agricultores, buscando sempre os melhores resultados”, explicou.

Os técnicos da Emater-DF acompanham os produtores durante todo o ano, oferecendo crédito rural, capacitação e orientação sobre o uso adequado da água, controle de pragas e manejo do solo. “Estamos sempre próximos dos produtores, oferecendo assistência técnica em todas as fases da safra”, afirmou Duval.

O produtor rural Ronaldo Triacca, que cultiva grãos e uvas no PAD-DF, afirmou que as chuvas chegaram na hora certa e demonstrou otimismo com o novo ciclo. “O DF tem algumas das maiores médias de produtividade de grãos do país, o que movimenta a economia e gera empregos”, destacou.

A produtividade média da soja no DF supera a de estados tradicionalmente produtores. No ciclo 2020/2021, a média local foi de 3.743 kg por hectare, contra 3.497 kg da média nacional e 3.448 kg registrada em Mato Grosso. Em 2024, o DF bateu recorde histórico com mais de 1 milhão de toneladas de grãos e cereais produzidos, resultado do aumento da área plantada e do número de produtores que investem nas grandes culturas.

Entre os alimentos cultivados na capital, a soja lidera, seguida pelo milho comum, com cerca de 272 mil toneladas, o milho para silagem, com mais de 112 mil toneladas, e o sorgo, com aproximadamente 87 mil toneladas.

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