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Goleiro Bruno pede exame de DNA para confirmar se é pai de filho com Elisa Samudio

Bruno Fernandes pede exame de DNA como recurso à indenização de mais de R$ 650 mil que a Justiça determinou que o ex-goleiro pague ao filho. Do outro lado, a defesa de Bruninho diz que o pedido é um 'um equívoco muito grande'.


Foto: Reprodução
O ex-goleiro Bruno Fernandes pede na Justiça que seja realizado exame de DNA para confirmar se ele é pai de Bruninho, filho dele com Eliza Samudio. O ex-atleta foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza e, atualmente, responde pelo crime em liberdade condicional. Do outro lado, a defesa que representa o menino diz que o pedido é “um equívoco muito grande”.

O pedido de exame DNA faz parte de um recurso de apelação contra a indenização de mais de R$ 650 mil que Bruno foi condenado a pagar a Bruninho por danos morais e materiais. A condenação ocorreu em outubro de 2022 pela Justiça de Mato Grosso do Sul.

O advogado de Bruno, Wilton Edgar Acosta, descreve a "confirmação" da paternidade como “uma questão fundamental”.

“Precisa esclarecer se essa criança é realmente filha dele. Na época, a mãe disse que era dele a criança. Ele nunca pôde finalizar isso, ou seja, constatar realmente se o menino é filho dele ou não. Parece, pode até parecer, isso é muito relativo, a semelhança física”, afirma o advogado.
O advogado explica que a atribuição da paternidade a Bruno se deu por meio de uma decisão judicial.

“A defesa da criança buscou alternativas e juntou essas manifestações, essas declarações dadas pelo Bruno em juízo no processo criminal, e nele o Bruno declarou que o menino era filho, mas isso baseado em informações que a Eliza passou a ele, foi isso que ele disse em depoimento. Mas enfim, o juiz concedeu, reconheceu a paternidade dessa maneira”, relata Acosta.

Defesa da família de Bruninho

A defesa de Sônia Moura, avó materna de Bruninho, que responde legalmente pelo garoto, considera o pedido para a realização do exame de DNA no processo de indenização “um equívoco muito grande”.

“Eles realmente entraram com recurso de apelação, já estou apresentando a contrarrazão desse recurso. Tem um equívoco muito grande, porque essa ação discute indenização, não se discute DNA”, comenta a advogada Maria Lúcia Gomes ao g1.

Segundo a advogada, a solicitação não tem ligação com o processo indenizatório.

“Uma coisa nada a ver com a outra. Eles recorreram de um recurso de uma sentença de indenização por danos morais e materiais, porque ele é o responsável, ele foi condenado por esta morte [de Eliza Samudio]. A pessoa, quando ela é autora de um dano a outra, independente se ele é pai ou não, ele tem que indenizar esse dano”, explica Gomes.

A defesa da família de Bruninho ainda relata que a questão do DNA já foi tratada judicialmente.

“Eles já entraram com três pedidos, e os três pedidos já foram arquivados, porque não tem precedente, porque já discutiu. A primeira ação que eles entraram de investigação de paternidade, a primeira ação foi remetida, foi colhido material dessa criança quando esse menino estava com oito, nove meses de idade”, conta a advogada.

Gomes pontua que, na época, chegou a ser colhido material genético de Bruninho, mas o exame não chegou a ser realizado. “O Bruno negou, falou que não precisava colher o material dele, que ele não tinha dúvida que o filho era dele”, completa.

Crime que chocou o Brasil

Eliza Samudio desapareceu em 2010, e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.

Apenas em 12 de julho de 2012, após sentença publicada pela Justiça do Rio, Bruno se tornou legalmente pai da criança.

Bruno foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado de seu filho com a vítima. O goleiro também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta, porque a Justiça entendeu que o crime prescreveu.


Com informações do g1 MS - Renata Barros 

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