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Dia Mundial do Diabetes: 12% da população do DF convive com a doença, alerta IgesDF

Especialistas reforçam a importância do diagnóstico precoce e de hábitos saudáveis para evitar complicações graves


 Bruno Henrique/IgesDF
Nesta sexta-feira (14), Dia Mundial e Nacional do Diabetes, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) chama atenção para uma realidade preocupante: o diabetes é uma doença crônica, silenciosa e que pode permanecer sem diagnóstico por anos. No Brasil, mais de 13 milhões de pessoas convivem com a condição — e, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 46% delas desconhecem o próprio diagnóstico.

No DF, estimativas do Ministério da Saúde apontam que aproximadamente 12% da população — cerca de 200 mil pessoas — têm diabetes. Parte desse grupo pode ainda não ter sido diagnosticada, especialmente nos casos de diabetes tipo 2, que costuma se desenvolver de forma lenta, com sintomas discretos ou inexistentes nas fases iniciais. A identificação tardia amplia os riscos de complicações graves, como doenças cardiovasculares, perda da visão, problemas renais e amputações.

A endocrinologista do Hospital de Base, Tatiana Wanderley, explica que o corpo pode se adaptar aos níveis elevados de açúcar no sangue, dificultando a percepção da doença. “O diabetes é um excesso de açúcar circulando no sangue. Isso pode ocorrer porque o organismo produz pouca insulina ou não utiliza bem a insulina que produz”, afirma. No tipo 2, o quadro costuma se instalar de forma lenta, o que retarda o diagnóstico. “Quando surgem sinais como sede intensa, urinar com frequência, perda de peso e fraqueza, o organismo já está sofrendo”, alerta.

A médica reforça que exames regulares são essenciais para evitar danos maiores. Caso não tratado, o diabetes pode desencadear complicações graves, como infarto e AVC. Os principais exames utilizados são glicemia em jejum, hemoglobina glicada e curva glicêmica — todos disponíveis gratuitamente na rede pública.

Tipos mais comuns

O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o organismo deixa de produzir insulina, exigindo reposição diária. Embora mais comum entre crianças e adolescentes, pode surgir em qualquer idade.

O tipo 2 ocorre quando o corpo desenvolve resistência à insulina. Ele está mais associado a fatores como alimentação inadequada, histórico familiar, sedentarismo, excesso de peso e maior idade.

A doença também pode aparecer durante a gestação, exigindo monitoramento constante para proteger mãe e bebê.

Prevenção e cuidados

Embora o diabetes tipo 1 não possa ser prevenido, o tipo 2 pode ser evitado com hábitos saudáveis. A especialista recomenda alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas, controle do peso, redução do consumo de açúcar e ultraprocessados, além de exames periódicos.

Para reconhecer precocemente os sinais, é importante procurar ajuda médica em caso de sede excessiva, fome constante, necessidade frequente de urinar, cansaço persistente e emagrecimento sem causa aparente.

No Dia Mundial e Nacional do Diabetes, o alerta é claro: diagnóstico precoce salva vidas. Com acompanhamento adequado, é possível controlar a doença e manter qualidade de vida.

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